Rio se prepara para receber Olimpíada... de astronomia
Nem só de esportes vive a cidade olímpica. Antes mesmo dos Jogos em agosto do ano que vem, o Rio de Janeiro sediará outra olimpíada, bem diferente daquela que estamos acostumados. Trata-se da Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA) que acontece na capital fluminense entre os dias 27 deste mês até 04 de outubro.
Esqueça corridas, braçadas e saltos. Na olímpiada de Astronomia entra-se em campo a observação do céu e o manuseio de telescópios. Porém, arremesso tem! Só que ao contrário de dardos ou peso, os competidores arremessarão foguetes, tão legal quanto!
O Brasil estará representado por cinco estudantes de ensino médio, que passaram por treinamento intensivo para a olimpíada. Ana Paula Lopes Schuch (Porto Alegre, RS), Renner Leite Lucena (Fortaleza, CE), Gustavo Guedes Faria (São José dos Campos, SP), Leonardo Henrique Martins Florentino (São Paulo, SP), e Víctor Gomes Pires (São Paulo, SP), alunos que compõem a equipe brasileira, tiveram a oportunidade de estudar no observatório do Instituto de Astronomia da USP e no Laboratório Nacional de Astrofísica, em Brazópolis (MG).
O "pré-olímpico" que os estudantes enfrentaram até a competição não foi fácil. Para chegar a equipe nacional, os alunos precisaram tirar uma excelente nota na prova nacional na Olímpiada Brasileira de Astronomia (OBA), além de provas online e presenciais.
Mesmo defendendo seu país, a OLAA permite que sejam formadas equipes com participantes de diversas nacionalidades, e com ambos gêneros juntos. Dr. Canalle, astrônomo e coordenador nacional da OBA, conta que, além da premiação, a olímpiada servirá para aproximar os jovens do conhecimento científico.
"Ao promover provas em grupos multinacionais, o objetivo é mostrar aos participantes que a ciência se faz em grupos e entre pessoas de diferentes países.s olimpíadas de conhecimento buscam promover, de maneira contínua, o intercâmbio de conhecimentos entre os estudantes, além de criar oportunidades para a troca de experiências didáticas entre os professores que lideram os grupos", conta o astrônomo.
Na edição anterior, no Uruguai, a delegação brasileira levou três medalhas de ouro e duas de prata. Todos da equipe ganharam o prêmio especial de “Melhor Prova Individual” por terem gabaritado os exames. Até hoje, o país já conquistou 16 medalhas de ouro, 12 de prata e duas de bronze na história da OLAA.