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Rio: Paes descarta diálogo e confirma corte no ponto de professores

Educadores da rede municipal do Rio estão em greve há dois meses. Eles são contra o plano de carreira aprovado pela prefeitura

8 out 2013 - 16h17
(atualizado às 17h38)
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<p>Uma 'tropa de professores' tomou conta das ruas próximas à Candelária na segunda-feira para defender os educadores em greve e criticar a atuação da Polícia Militar</p>
Uma 'tropa de professores' tomou conta das ruas próximas à Candelária na segunda-feira para defender os educadores em greve e criticar a atuação da Polícia Militar
Foto: Mauro Pimentel / Terra

Após passar quase cinco horas reunido com os conselhos de professores, pais, diretores e funcionários das escolas municipais do Rio, o prefeito Eduardo Paes afirmou que busca novos canais de negociação para o fim da greve e que desistiu de dialogar com o Sepe. Segundo o prefeito, as lideranças do sindicato são muito radicais e não há como negociar.

"A greve já foi declarada ilegal, já foi cortado ponto. Eles querem nomear uma secretaria de educação no meu lugar e revogar um plano que dá aumento ao professor. Não é uma pauta de alguém que queira discutir e negociar", afirmou.

Paes confirmou o corte do ponto dos professores que permanecem em greve, liberado ontem pela Justiça, e atribuiu ao sindicato a responsabilidade pelo fim da paralisação. "Isso esta a cargo do sindicato. A prefeitura não vai revogar o plano, ele e ótimo."

Plano de carreira

Enviado pelo prefeito Eduardo Paes à Câmara de Vereadores no dia 17 de setembro e aprovado no dia 1º de outubro o Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações prevê mudanças na remuneração e nos cargos dos professores, o que provocou uma série de protestos. Veja as principais polêmicas em torno das propostas.

Proposta da prefeitura do Rio O que diz o sindicato dos professores
Reajuste de 8% para professores em 2013, além dos 6,75% já concedidos este ano; A categoria diz que o reajuste não é suficiente e que as propostas beneficiam menos de 10% dos professores;
Equiparação do valor recebido por hora de aula para os professores de nível I (6º ao 9º ano do ensino fundamental) e II (1º ao 5º ano), incluindo os inativos. Hoje um professor do nível I ganha mais que o do nível II. A equiparação proposta será feita ao longo de cinco anos; O Sepe diz que a equiparação dos professores de nível I e II acaba extinguindo essas carreiras e cria a função de um professor polivalente para o ensino fundamental (que dará aula para todas as matérias);
Os professores com carga horária menor, ou com diferentes matrículas, poderão optar por uma jornada de 40 horas semanais. Segundo a prefeitura, mesmo com a migração será possível manter outra matrícula na rede; O sindicato sustenta que o professor terá de se demitir de uma das matrículas para assumir a jornada de 40 horas e que quem não migrar para o novo modelo terá seus benefícios reduzidos;
O objetivo da jornada de 40 horas, segundo a prefeitura, é ampliar é aumentar o número de escolas de tempo integral, que vão oferecer um total de nove horas de aula por dia; A categoria argumenta que o horário integral não está sendo ampliado e que as escolas não tem estrutura para receber os alunos o dia inteiro;
A prefeitura diz que discutiu o plano em diversas reuniões com a categoria antes da aprovação pelos vereadores e que não vai desistir das mudanças. O Sepe quer que a prefeitura revogue o plano e discuta outra proposta.
 

Fonte: Terra
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