Rio: professores municipais decidem manter greve e ocupação da Câmara
Os professores da rede municipal do Rio de Janeiro decidiram em assembleia realizada nesta sexta-feira manter a greve, retomada no último dia 20. A assembleia foi realizada dentro do plenário da Câmara Municipal de Vereadores, ocupada por um grupo de cerca de 160 professores desde à tarde de ontem. Devido a ocupação, a direção da Câmara de Vereadores cancelou as atividades que seriam realizadas hoje na casa.
Os professores querem que os vereadores retirem o Plano de Carreira, Cargos e Remuneração (PCCR) enviado pela prefeitura da pauta de votação. Eles argumentam que 93% dos profissionais estão excluídos dos benefícios do plano. “Respeitamos o poder legislativo, mas a ocupação foi necessária. A categoria vai permanecer na Câmara enquanto for necessário”, afirmou a coordenadora-geral do Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação), Marta Moraes.
Na quarta-feira o Tribunal de Justiça do Rio derrubou a liminar concedida ao Sepe que impedia a prefeitura de cortar os dias parados pelos professores da rede municipal e aplicar outras penalidades. Segundo o Sepe, 80% dos professores do município estão em greve.
Em sua página no Facebook, o prefeito Eduardo Paes afirmou que “muitas inverdades tem sido ditas sobre o PCCR da Educação” e recomendou que os profissionais lessem um comunicado oficial com esclarecimentos sobre o plano.
Entre outros pontos, o texto afirma que o plano garante a paridade de vencimentos entre professores ativos, aposentados e pensionistas e um aumento de 15,3% a categoria já em 2013. A Secretaria Municipal de Educação afirma ainda que desde o início da greve se reuniu com os professores cerca de 10 vezes e que cumpriu todos os pontos acordados com a categoria.