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Rio proíbe celulares nas escolas municipais até durante o recreio

Medida ocorreu após uma consulta pública realizada em dezembro, na qual 83% dos participantes concordaram com a restrição

2 fev 2024 - 15h57
(atualizado às 17h35)
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Entrada de estudantes para a segunda fase do Enem na unidade da Unip da Rua Apeninos, em dia de extremo calor.
Entrada de estudantes para a segunda fase do Enem na unidade da Unip da Rua Apeninos, em dia de extremo calor.
Foto: Tiago Queiroz/Estadão - / Estadão

Um decreto assinado pelo prefeito Eduardo Paes (PSD) e publicado no Diário Oficial desta sexta-feira, 2,  estabelece a proibição do uso de celulares nas escolas da rede municipal, incluindo durante o recreio. A medida passará a vigorar em 30 dias.

Desde agosto de 2023, os alunos da rede municipal já estavam impedidos de usar o telefone dentro da sala de aula, sendo permitido apenas durante os intervalos. A partir de março, até essa permissão será proibida.

O decreto determina que fica proibida a utilização de celulares e outros dispositivos eletrônicos pelos alunos da rede pública municipal de ensino nas seguintes situações:

  • Dentro da sala de aula;
  • Fora da sala de aula quando houver explanação do professor e/ou realização de trabalhos individuais ou em grupo na unidade escolar;
  • Durante os intervalos, incluindo o recreio.

"Os celulares e demais dispositivos eletrônicos deverão ser guardados na mochila ou bolsa do próprio aluno, desligado ou ligado em modo silencioso e sem vibração", completa o decreto.

O texto ainda prevê que, em caso de descumprimento pelo aluno, o professor poderá adverti-lo ou cercear o uso dos dispositivos eletrônicos em sala de aula, bem como acionar a equipe gestora da unidade escolar. O decreto autoriza o uso do celular pelo aluno apenas em alguns casos, como:

  • Antes da primeira aula do dia, desde que fora da sala;
  • Após a última aula do dia, desde que fora da sala;
  • Quando houver autorização expressa do professor regente para fins pedagógicos, como pesquisas, leituras ou acesso ao material Rioeduca;
  • Alunos com deficiência ou com condições de saúde que necessitam destes dispositivos para monitoramento ou auxílio de sua necessidade;
  • Durante os intervalos, incluindo o recreio, quando a cidade estiver classificada a partir do Estágio Operacional 3;
  • Quando houver autorização expressa da equipe gestora da unidade escolar em casos que ensejem o fechamento ou interrupção temporária das atividades da unidade escolar, de acordo com o protocolo do programa Acesso Mais Seguro;
  • Durante os intervalos para os alunos da Educação de Jovens e Adultos;
  • Quando houver autorização expressa da equipe gestora da unidade escolar por motivos de força maior.

O decreto ocorreu após uma consulta pública realizada em dezembro, na qual 83% dos participantes concordaram com a restrição. O resultado foi divulgado em 23 de janeiro.

Ao justificar o decreto, o prefeito Paes mencionou tanto a pesquisa conduzida pela Secretaria Municipal de Educação quanto as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) sobre limites no tempo de exposição de crianças às telas.

"A análise [da Unesco] de uma grande amostra de jovens com idades entre 2 e 17 anos nos Estados Unidos mostrou que um maior tempo de tela estava associado a uma piora do bem-estar; menos curiosidade, autodisciplina e estabilidade emocional; e maior ansiedade e diagnósticos de depressão", escreveu Paes nas redes sociais. 

Fonte: Redação Terra
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