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RJ: sindicato dos professores mantém greve e discorda de revista em protesto

Em nova assembleia, profissionais de educação mantiveram decisão de não retomar as aulas, horas antes do protesto marcado para o centro do Rio

15 out 2013 - 15h20
(atualizado às 16h12)
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<p>Professores participam de assembleia no Clube Municipal, na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro (RJ), para decidir os rumos da greve</p>
Professores participam de assembleia no Clube Municipal, na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro (RJ), para decidir os rumos da greve
Foto: Paulo Campos / Futura Press

Os professores da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro mantiveram a greve, que já dura há dois meses na capital fluminense, após realização de nova assembleia, no início da tarde desta terça-feira, no Club Municipal, na Tijuca, zona norte. De acordo com o sindicato que representa a categoria, cinco mil professores participaram da reunião.

A decisão ocorreu horas antes do megaprotesto marcado nas redes sociais, justamente no dia dos docentes no País, com concentração prevista, a partir das 17h, nos arredores da Igreja da Candelária. De lá, o ato partirá, a princípio e como de costume, até a Câmara Municipal de Vereadores, na Cinelândia.

Alguns profissionais do ensino municipal e estadual já estão reunidos na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) de onde marcharão até a Candelária para se juntar ao grande ato previsto para deixar a Candelária antes das 18h.

No Facebook, o ato tem a presença confirmada de 90 mil pessoas. Ao contrário do ato da última semana, que reuniu cerca de 50 mil pessoas, de acordo como sindicato, e 10 mil segundo a PM, um forte aparato de segurança do Estado acompanhará a manifestação.

Reunião no QG da PM

Tendo em vista a grande participação popular e, obviamente, de professores no ato de logo mais, a diretoria do Sepe foi convidada a participar de mais uma reunião com o comando geral da PM, ocorrida na manhã desta terça-feira no quartel general da corporação, no centro do Rio.

Ficou estabelecido, à contragosto do sindicato, que os policiais militares farão a revista dos manifestantes que considerarem suspeitos. "Nossa posição é de que isso não ajuda. A PM tem que ter uma ação de atuação, não só no horário da passeata, e em nossa manifestação, 90% são profissionais de educação. A nossa passeata é de forma pacífica", frisou uma das diretoras do sindicato, Ivanete Conceição.

Ao ser indagada pela reportagem do Terra se a presença de Black Blocs no ato, constante nas outras manifestações já ocorridas da categoria, não justificaria possíveis revistas de manifestantes, Ivanete explicou que "não está garantido qual a diferenciação. Qual o critério? A maioria da nossa galera usa mochila. Nossa camiseta do movimento é preta, Quem é que vai ser esse suspeito? É complicado".

Sepe declara apoio aos Black Blocs nas manifestações:

No último dia 7, em novo ato dos docentes, sem revistas dos manifestantes, a Cinelândia se tornou uma grande praça de guerra, com confronto entre policiais e ativistas dos Black Blocs, incêndio em ônibus e tentativa de colocar fogo na Câmara - além de diversas agências bancárias depredadas. A assessoria de imprensa da PM não divulgou maiores detalhes do encontro, tampouco sobre sua forma de atuação na manifestação de hoje.

A categoria tem se mostrado alinhada ao movimento dos manifestantes mascarados, vale lembrar, desde que profissionais do Sepe sofreram com a forte repressão policial na Câmara Municipal quando ocorria a sessão, que aprovou o Plano de Carreiras, Cargos e Salários (PCCR), motivo da atual ruptura entre sindicado a secretaria municipal de Educação. Na ocasião, os Black Blocs tomaram partido dos docentes, defendendo-os da ação da PM.

A reunião com o comando da PM para o ato deste início de noite, de acordo com o Sepe, teve ainda a participação de representantes do governo federal, governo estadual e Ministério Público. "Eles (MP) acompanham a forma de atuação dos policiais junto com o comando e o Sepe para apresentar as preocupações em relação ao ato de hoje e explicaram que vão estar no ato para averiguar tudo", explicou Ivanete. 

Plano de carreira motiva protestos no Rio

Enviado pelo prefeito Eduardo Paes à Câmara de Vereadores no dia 17 de setembro e aprovado no dia 1º de outubro, o Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações prevê mudanças na remuneração e nos cargos dos professores, o que provocou uma série de protestos. Veja as principais polêmicas em torno das propostas.

Proposta da prefeitura do Rio O que diz o sindicato dos professores
Reajuste de 8% para professores em 2013, além dos 6,75% já concedidos este ano; A categoria diz que o reajuste não é suficiente e que as propostas beneficiam menos de 10% dos professores;
Equiparação do valor recebido por hora de aula para os professores de nível I (6º ao 9º ano do ensino fundamental) e II (1º ao 5º ano), incluindo os inativos. Hoje um professor do nível I ganha mais que o do nível II. A equiparação proposta será feita ao longo de cinco anos; O Sepe diz que a equiparação dos professores de nível I e II acaba extinguindo essas carreiras e cria a função de um professor polivalente para o ensino fundamental (que dará aula para todas as matérias);
Os professores com carga horária menor, ou com diferentes matrículas, poderão optar por uma jornada de 40 horas semanais. Segundo a prefeitura, mesmo com a migração será possível manter outra matrícula na rede; O sindicato sustenta que o professor terá de se demitir de uma das matrículas para assumir a jornada de 40 horas e que quem não migrar para o novo modelo terá seus benefícios reduzidos;
O objetivo da jornada de 40 horas, segundo a prefeitura, é ampliar é aumentar o número de escolas de tempo integral, que vão oferecer um total de nove horas de aula por dia; A categoria argumenta que o horário integral não está sendo ampliado e que as escolas não tem estrutura para receber os alunos o dia inteiro;
A prefeitura diz que discutiu o plano em diversas reuniões com a categoria antes da aprovação pelos vereadores e que não vai desistir das mudanças. O Sepe quer que a prefeitura revogue o plano e discuta outra proposta.
 

Fonte: Terra
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