A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo afirmou em nota que considera "descabidas" as reclamações do Sindicato dos Professores (Apeoesp) e que 90% dos professores garantiram o andamento das aulas. O sindicato anunciou nesta sexta-feira paralisação por tempo indeterminado após assembleia no vão livre do Museu de Arte (Masp). A secretaria disse ainda que a campanha salarial é "mentirosa" e as alegações são "levianas".
"A valorização dos professores e demais funcionários da rede estadual de ensino está entre as prioridades do Governo de São Paulo, que implantou em 2011 uma inédita Política Salarial e que nesta semana encaminhou à Assembleia Legislativa um projeto de lei complementar para conceder novo aumento aos profissionais da Educação. Os 8,1% de acréscimo propostos eleva de 42,2% para 45,1% o aumento escalonado até 2014", diz a nota.
A secretaria afirma que os professores da rede estadual já ganham 33,3% acima do piso nacional e, a partir de julho, ganharão 44,1% a mais que o vencimento mínimo. Além disso, a administração afirma que o Estado obedece ao limite de dois terços da carga horária total para a jornada de trabalho docente em classe.
Entre as reivindicações da categoria está o reajuste salarial de 36,74% e complementação do aumento referente a 2012, de 10,2%, além do cumprimento de no mínimo 33% da jornada para atividades extraclasse, como determina a Lei do Piso, e mudanças na forma de contratação dos docentes temporários.
A mobilização acontece poucos dias após o governador confirmar o aumento no reajuste previsto para julho de 6% para 8,1%. Assim, o salário inicial de um professor de educação básica que leciona para classes de anos finais do ensino fundamental e do ensino médio, com jornada de 40 horas semanais, que é de R$ 2.088,27, passará para R$ 2.257,84 a partir de 1º de julho. Os professores reclamam que os reajustes levam em conta bonificações já conquistadas pela categoria.
Os professores da rede estadual de São Paulo protestavam no vão livre do Masp, na avenida Paulista, por melhores salários
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Alguns educadores pintaram narizes de palhaço no rosto para protestar contra o governo estadual
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Os educadores cobram reajuste salarial e o cumprimento da jornada extraclasse prevista no piso dos professores
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Segundo o sindicato da categoria, as aulas foram paralisadas nesta sexta-feira em boa parte das escolas da rede estadual
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Alunos das escolas estaduais também se somaram aos professores no protesto
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Segundo a Polícia Militar, 3 mil pessoas participavam da mobilização
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Apitos foram distribuídos aos manifestantes para fazer barulho no vão do Masp
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O protesto acontece poucos dias após o governador anunciar reajuste dos salários
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Educação de qualidade, professores bem remunerados e com tempo para preparar aulas e corrigir provas - como determina a Lei do Piso - pautaram o protesto de professores estaduais de São Paulo na tarde desta sexta-feira, 19 de abril
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A Polícia Militar foi acionada e tentava impedir que os manifestantes ocupassem a avenida Paulista
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Jovens pintaram os rostos com as cores da bandeira do Brasil para protestar por mais investimento em educação
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Eles criticam a política de reajuste do governo do Estado aos professores, que levaria em conta bonificações já garantidas pela categoria
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Narizes de palhaço fizeram parte dos adereços usados por professores e alunos
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Os docentes também criticam a violência nas escolas, que, segundo eles, se tornou 'moda'
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Forte presença militar marcava a mobilização
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O protesto serviu ainda para criticar o deputado Marco Feliciano, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara
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Os professores tomaram conta da rua junto ao vão móvel do Masp
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Os professores, que paralisaram as aulas nas escolas hoje, querem ainda um novo regime de contratação para as vagas temporárias
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Os manifestantes chegaram a interditar toda a avenida Paulista, mas por volta das 17h a concentração era feita apenas no sentido Consolação
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Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o trânsito na região da Paulista era lento, com mais de 2,2 km de congestionamento no sentido Consolação
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Algumas pessoas usaram a criatividade para protestar por melhores salários e usaram fantasias
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Um boneco do personsagem Pinóquio representava o governador durante a marcha
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Um senhor montou uma 'árvore da miséria' com os contracheques recebidos