Os professores da rede estadual de São Paulo protestavam no vão livre do Masp, na avenida Paulista, por melhores salários
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Alguns educadores pintaram narizes de palhaço no rosto para protestar contra o governo estadual
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Os educadores cobram reajuste salarial e o cumprimento da jornada extraclasse prevista no piso dos professores
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Segundo o sindicato da categoria, as aulas foram paralisadas nesta sexta-feira em boa parte das escolas da rede estadual
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Alunos das escolas estaduais também se somaram aos professores no protesto
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Segundo a Polícia Militar, 3 mil pessoas participavam da mobilização
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Apitos foram distribuídos aos manifestantes para fazer barulho no vão do Masp
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O protesto acontece poucos dias após o governador anunciar reajuste dos salários
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Educação de qualidade, professores bem remunerados e com tempo para preparar aulas e corrigir provas - como determina a Lei do Piso - pautaram o protesto de professores estaduais de São Paulo na tarde desta sexta-feira, 19 de abril
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A Polícia Militar foi acionada e tentava impedir que os manifestantes ocupassem a avenida Paulista
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Jovens pintaram os rostos com as cores da bandeira do Brasil para protestar por mais investimento em educação
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Eles criticam a política de reajuste do governo do Estado aos professores, que levaria em conta bonificações já garantidas pela categoria
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Narizes de palhaço fizeram parte dos adereços usados por professores e alunos
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Os docentes também criticam a violência nas escolas, que, segundo eles, se tornou 'moda'
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Forte presença militar marcava a mobilização
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O protesto serviu ainda para criticar o deputado Marco Feliciano, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara
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Os professores tomaram conta da rua junto ao vão móvel do Masp
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Os professores, que paralisaram as aulas nas escolas hoje, querem ainda um novo regime de contratação para as vagas temporárias
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Os manifestantes chegaram a interditar toda a avenida Paulista, mas por volta das 17h a concentração era feita apenas no sentido Consolação
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Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o trânsito na região da Paulista era lento, com mais de 2,2 km de congestionamento no sentido Consolação
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Algumas pessoas usaram a criatividade para protestar por melhores salários e usaram fantasias
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Um boneco do personsagem Pinóquio representava o governador durante a marcha
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Um senhor montou uma 'árvore da miséria' com os contracheques recebidos
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Professores de escolas estaduais de São Paulo aprovaram nesta sexta-feira, durante protesto para cobrar melhores salários e o cumprimento da jornada extraclasse determinada pela Lei do Piso, greve geral da categoria a partir da segunda-feira. Segundo o Sindicato dos Professores (Apeoesp), a paralisação é por tempo indeterminado.
A mobilização teve início por volta das 14h no vão livre do Museu de Arte (Masp) e os educadores seguiam em passeata até a praça da República. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), por volta das 16h duas faixas da avenida Paulista foram fechadas pelo manifestantes.
A situação melhorou perto das 17h, quando o sentido Paraíso foi liberado e os professores e estudantes se concentravam apenas no sentido Consolação. Por volta das 17h30 havia 2,2 quilômetros de lentidão no local. Policiais acompanhavam a marcha e, de acordo com o último balanço, a manifestação era pacífica. A estimativa da PM é de que mais de 3 mil pessoas participavam do protesto.
Com faixas, narizes de palhaço e a participação de muitos estudantes, os professores gritavam palavras de ordem e cobravam mais investimento em educação e ainda criticavam a violência nas escolas. "Bater em professor virou moda", dizia um dos cartazes. Entre as reivindicações está o reajuste salarial de 36,74% e complementação do aumento referente a 2012, de 10,2%, além do cumprimento de no mínimo 33% da jornada para atividades extraclasse, como determina a Lei do Piso, e mudanças na forma de contratação dos docentes temporários.
A mobilização acontece poucos dias após o governador confirmar o aumento no reajuste previsto para julho de 6% para 8,1%. Assim, o salário inicial de um professor de educação básica que leciona para classes de anos finais do ensino fundamental e do ensino médio, com jornada de 40 horas semanais, que é de R$ 2.088,27, passará para R$ 2.257,84 a partir de 1º de julho. Os professores reclamam que os reajustes levam em conta bonificações já conquistadas pela categoria.
A Secretaria da Educação divulgou nota ontem esclarecendo que todas as escolas estariam abertas hoje e que o calendário escolar permanece inalterado. A secretaria disse ainda que o Estado cumpre integralmente com a Lei do Piso.