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SP vai centralizar dados sobre covid-19 nas escolas

Plataforma deverá ser preenchida caso o colégio identifique aluno ou professor infectado; estratégia é para prevenir surtos e orientar trabalho da Saúde

18 dez 2020 - 12h01
(atualizado às 12h26)
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O governo estadual paulista vai centralizar registros de infecções pela covid-19 nas escolas públicas e particulares. Um sistema dentro do site da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo será abastecido pelos colégios estaduais, municipais e privados indicando casos de contaminação de alunos e professores e quais contatos tiveram durante o período de infecção.

Foto: fdr

A estratégia visa a reduzir o risco de surtos nas escolas e também informar a Secretaria da Saúde sobre os registros da covid-19 e o papel ou não do colégio no aumento de casos. Todas as escolas reguladas pelo governo estadual, incluindo as municipais de 400 cidades, serão obrigadas a preencher a plataforma.

As escolas municipais da capital paulista não terão de preencher a plataforma obrigatoriamente porque são reguladas por um conselho municipal de educação próprio, mas podem acessar o sistema e participar do rastreamento, caso queiram.

Caso seja detectado um caso de infecção pela covid-19, o colégio deverá enviar os dados com informações se o infectado é aluno, professor ou auxiliar, se pertence ao grupo de risco e com quem teve contato no colégio. "Como estamos falando de voltar em todas etapas, é importante que o rastreamento seja cada vez maior", disse ao Estadão o secretário Rossieli Soares.

Segundo o secretário, esse monitoramento já é feito nas escolas estaduais que reabriram e, por meio disso, é possível saber que os casos de covid-19 entre alunos e professores não foram provocados pela abertura da escola nem causaram outras contaminações nas unidades. "Quando localizamos um aluno que teve covid, observamos o endereço até para que a saúde também tenha essa informação." A plataforma vai ao ar a partir da próxima terça-feira, 22.

Durante as próximas semanas, as escolas deverão receber treinamento para o preenchimento dos dados. Segundo Rossieli, a adoção da estratégia foi pactuada com a Associação Brasileira de Escolas Particulares (Abepar) e o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de São Paulo (Sieeesp), além da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).

"A escola privada com fiscalização estadual será obrigada a preencher. Se eles se negarem, a gente pode não autorizar o funcionamento", disse o secretário. Segundo Benjamin Ribeiro, presidente do Sieeesp, os colégios particulares já vêm sendo orientados sobre isso há mais de 30 dias. Ele diz que os registros nessas unidades são raros.

Como o Estadão antecipou, o governo estadual paulista decidiu manter escolas abertas em todas as fases do plano de reabertura, até mesmo na vermelha, a mais restritiva. Dessa forma, os colégios serão considerados serviços essenciais, assim como as farmácias e os supermercados, mesmo que haja aumento de casos da covid-19 em São Paulo.

Estadão
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