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Studygram: a imagem que resume os estudos nas redes sociais

Postagens combinam mapas mentais, esquemas de estudo, lettering e artigos coloridos de papelaria

29 out 2018 - 07h11
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SÃO PAULO - Além dos grupos de estudo no WhatsApp, resumos escolares de diversos assuntos são compartilhados no Instagram em perfis conhecidos como studygrams, palavra em inglês que une study (estudo) e Instagram. Uma busca pela #studygram mostra mais de 2,5 milhões de publicações, enquanto a versão brasileira dessa hashtag, #studygrambr, apresenta mais de 26,3 mil posts.

Resumos escolares de diversos assuntos são compartilhados no Instagram em perfis conhecidos como studygrams
Resumos escolares de diversos assuntos são compartilhados no Instagram em perfis conhecidos como studygrams
Foto: Reprodução/Instagram / Estadão

"Cada um tem seu estilo de estudo, o meu é fazer resumos", conta Fabiana Silva, de 18 anos, que publica seu material no perfil @olhomagicoporfabi. Os posts combinam mapas mentais, esquemas de estudo, caligrafias desenhadas, conhecidas como lettering, e artigos coloridos de papelaria.

Já a estudante Thaís Lopes dos Passos, de 18, conheceu o mundo dos studygrams quando pesquisava sobre Arquitetura, faculdade que deseja cursar. Ela, que sempre gostou de fazer resumos coloridos e com desenhos, decidiu começar a publicá-los na rede social para ajudar estudos de outras pessoas. Os temas vão de geomorfologia à guerra fria e incluem dicas e a discussão de assuntos que podem cair na redação do Enem.

Com o perfil no Instagram @studies.t, ela já conquistou mais de 72,6 mil seguidores, que interagem com as postagens e pedem para compartilhar os resumos pelo Google Drive, para que possam imprimir e estudar. "Várias vezes eu preciso explicar que faço os resumos conforme a matéria que estou estudando, não é por encomenda", conta Thaís.

A maior parte dos studygrams é sobre assuntos que podem cair no Enem ou em vestibulares, mas alguns perfis abordam assuntos mais variados, como é o caso do @studykidss, criado pela estudante Camila de Oliveira Jorge, de 10. Incentivada pelos alunos da mãe, a professora de Química Silvia Maria de Oliveira Jorge, Camila precisou insistir com os pais por bastante tempo antes de autorizarem a criação.

"O perfil acabou sendo um incentivo para ela. Nós recebemos muitas mensagens de crianças, adolescentes e adultos falando como está inspirando as pessoas para uma coisa boa, é muito legal", opina a mãe. Em 5 meses, o perfil passou de 122 mil seguidores.

E a febre dos studygrams também chegou ao YouTube. Vídeos com dicas de estudo e testes de produtos de papelaria fazem sucesso e alcançam milhares de visualizações. Fabiana, que também faz posts sobre o assunto no Instagram, conta que prefere o YouTube, onde tem mais retorno do público. "O meu foco é postar dicas de estudos e como se motivar para estudar. Não sou muito focada em resumos", diz a estudante de Direito, que tem mais de 118 mil seguidores no Instagram e 155 mil inscritos no canal.

Muitos pais podem até ver esse uso da tecnologia como uma distração, e não como uma ferramenta de aprendizagem. Mas, de acordo com a professora da Faculdade de Educação da Unicamp Dirce Zan, o uso do celular é frequente na vida de todos e deve ser incorporado à rotina estudantil. "Não é a tecnologia que cria o problema. Há estudos que indicam que a internet ajuda até mesmo os mais distraídos e pode ser um facilitador."

Estadão
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