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USP está entre as melhores universidades do mundo em pesquisas de covid

Foram mais de 3 mil publicações e algumas saíram nas melhores revistas científicas do planeta, como 'Science', 'Nature' e 'The Lancet'

12 mai 2022 - 05h10
(atualizado às 07h42)
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USP está entre as melhores universidades do mundo em pesquisas de covid
USP está entre as melhores universidades do mundo em pesquisas de covid
Foto: SERGIO CASTRO/ESTADÃO

A Universidade de São Paulo (USP) está entre as 20 instituições de ensino do mundo que mais produziram conhecimento científico sobre a covid-19. Foram mais de 3 mil publicações - algumas saíram nas melhores revistas científicas do mundo, como Science, Nature e The Lancet. "Ninguém poderia prever uma pandemia que causaria um trauma tão profundo. Só conseguimos responder de forma importante e com contribuições significativas porque temos uma pós-graduação robusta, com pesquisadores excepcionais e programas bem estruturados", afirma Marcio de Castro Silva Filho, pró-reitor de pós-graduação da USP.

Diante de uma situação que afetou a saúde, a economia, a política e as relações sociais, todas as áreas do conhecimento da universidade foram envolvidas na produção de conhecimento científico, grande parte construída de forma interdisciplinar. "Na sociedade do conhecimento, as universidades têm um papel muito significativo em apontar soluções", completa o pró-reitor de pós-graduação.

O arrefecimento da pandemia não significa diminuir o ritmo. Recentemente, a USP teve quatro projetos selecionados no edital do Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação (PDPG) - Impactos da Pandemia. O edital é da Capes, órgão do Ministério da Educação (MEC) responsável pelos programas de pós-graduação e bolsas de pesquisa. "Atendemos à necessidade de sintonizar a pesquisa com a realidade. No caso deste edital relacionado à covid-19, os projetos contemplam a área de saúde, mas também política pública, adoecimento social, recuperação de aprendizagem, organização de espaços públicos, entre outros tantos temas", afirma a presidente da Capes, Cláudia Queda de Toledo.

No total, a Capes selecionou 40 projetos de 22 instituições de ensino, de forma a contemplar todas as áreas do conhecimento e as pesquisas desenvolvidas nas cinco regiões do País. Na soma, são 676 pesquisadores envolvidos.

A Federal do ABC, também em São Paulo, teve um projeto contemplado no edital. O tema é "Pandemia e Resiliência: o antes e o depois na política e nas políticas públicas locais" e será coordenado pela professora Vanessa Elias de Oliveira, com participação de outros pesquisadores pertencentes a UfABC, Universidade Federal do Pernambuco (UFPE) e Universidade Federal do Paraná (UFPR). "Vamos pesquisar quais são as características institucionais dos municípios que conseguiram enfrentar melhor a pandemia", explica Vanessa.

Serão três etapas: na primeira, será estabelecido cientificamente um olhar geral sobre a capacidade estrutural e de gestão dos municípios que conseguiram responder melhor à pandemia. Em uma segunda fase, deve acontecer uma investigação das ações. Por fim, haverá entrevistas em profundidade com os gestores das cidades que tiveram mais êxito.

Rio Grande do Sul: olhar une política pública e psicopedagogia

No Sul do País, a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) teve dois projetos selecionados. Um deles vai estudar o impacto da pandemia no contexto educacional, olhando os três atores envolvidos no processo: estudantes, pais e professores. "Em um mapeamento do que já foi publicado na literatura internacional, vimos que há impacto em todo o tripé: as crianças tiveram prejuízos no desenvolvimento, os pais sofrem com a instabilidade parental e estão com a percepção negativa de autoeficácia, e os professores saíram de vilões da história e têm de lidar com as questões de saúde mental e de defasagem", explica a coordenadora do projeto, Rochele Paz Fonseca.

O objetivo, agora, é a proposição de intervenções para redução de danos. Sob a orientação de Rochele estarão 19 pesquisadores de oito universidades, de áreas diversas como Psicologia, Economia, Fonoaudiologia, Educação Física e Pedagogia. Ao final, as estratégias de intervenção serão ofertadas por meio de um aplicativo, além da construção de um site e de cartilhas, que serão oferecidas gratuitamente e de forma acessível a todos.

Estadão
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