USP retoma liderança em ranking de melhores universidades da América Latina; veja top 10
Sete universidades brasileiras aparecem no top 10 do ranking da consultoria britânica Times Higher Education divulgado nesta terça-feira, 12
A Universidade de São Paulo (USP) retomou a liderança de melhor universidade da América Latina, segundo o ranking da consultoria britânica Times Higher Education (THE), divulgado nesta terça-feira, 12. A instituição de ensino superior não ocupava a posição desde 2017.
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No ano passado, a USP ficou em 2º lugar, atrás da Pontifícia Universidade Católica do Chile, que hoje figura em 4º. A PUC do Chile estava há cinco anos na liderança do ranking.
Neste ano, sete universidades brasileiras aparecem no top 10 de melhores da América Latina. Em segundo lugar, está a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e, em terceiro, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O THE Latin America University Ranking classificou 214 universidades de 16 países da América Latina. Só no Brasil, foram avaliadas 70 instituições de ensino superior, ao todo. Os indicadores adotados são os mesmos aplicados no ranking mundial da THE, mas com modificações para refletir melhor as características das universidades da região. Confira a lista das 10 melhor colocadas:
- 1º - Universidade de São Paulo (USP) - Brasil;
- 2º - Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) - Brasil;
- 3º - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - Brasil;
- 4º - Pontifícia Universidade Católica do Chile - Chile;
- 5º - Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Brasil;
- 6º - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) - Brasil
- 7º - Instituto de Tecnologia de Monterrey - México
- Empatada também em 7º - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) - Brasil;
- 9º - Universidade do Chile - Chile;
- 10º - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) - Brasil.
- Veja o ranking completo
Para esta nona edição do ranking, a consultoria britânica atualizou a sua metodologia e passou a utilizar 18 indicadores de avaliação, cinco a mais do que nos anos anteriores. Os critérios são agrupados em cinco áreas: ensino (ambiente de aprendizagem); ambiente de pesquisa (volume, renda e reputação); qualidade da pesquisa (força, excelência e influência da pesquisa); perspectiva internacional (pessoal, estudantes e pesquisa); e indústria (renda e patentes).
Conforme o THE, 32 das 69 instituições brasileiras classificadas melhoraram sua posição no ranking. "Parte do motivo do sucesso do Brasil são as mudanças na metodologia de classificação, que agora fornece uma imagem mais precisa da qualidade da pesquisa das universidades", explicou a revista.
Pela primeira vez, o ranking incluiu três métricas para rastrear a qualidade da pesquisa nas instituições de ensino superior. Este ano, 44 instituições brasileiras melhoraram sua classificação no pilar de qualidade de pesquisa. A USP ocupa o 1º lugar na região, ante o 38º no passado, por exemplo. A Unicamp está em terceiro, subindo da 42ª posição.
Outro motivo da melhora no sistema universitário brasileiro, para a revista, é a mudança no apoio governamental à academia desde que Jair Bolsonaro (PL) saiu da presidência. "Muitas universidades ficaram impossibilitadas de pagar por necessidades básicas como resultado de cortes orçamentários durante o mandato do Sr. Bolsonaro e professores universitários tiveram seus salários congelados desde 2016", pontuou.