Você sabia que a memória do ser humano não pode ser medida?
Quando migra para o Sul, o falcão-peregrino pode percorrer até 22 mil quilômetros. Na volta, retorna ao ponto exato de onde partiu e, na migração seguinte, ainda consegue repetir o destino com precisão. Em 2007, um estudo japonês sugeriu que os chimpanzés poderiam ter melhor memória visual do que estudantes universitários. Devido à incrível memória espacial do paquiderme, que lhe permite recordar com exatidão onde encontrar água e comida, dizer que alguém tem "memória de elefante" é um elogio a sua capacidade de recordação.
Mas a memória de nenhuma dessas espécies pode ser comparada à humana. Apesar de amplamente estudada, ela é objeto de discordância até entre especialistas. Sabe-se, porém, que não foi encontrado um limite para ela - e talvez nem seja possível.
Charles Darwin defendia que somos semelhantes aos demais animais, sendo apenas mais inteligentes, devido a uma evolução superior. Hoje, há pesquisadores que refutam essa ideia, afirmando que nossa memória é extremamente diferente, por possuirmos habilidades como a combinação de ideias, a codificação de símbolos mentais e o pensamento abstrato. Nesse sentido, perde-se a possibilidade de cotejar capacidades de armazenamento, como em computadores.
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