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Weintraub consultará os estudantes sobre adiamento do Enem

Declaração do ministro da Educação é uma resposta às declarações do presidente da Câmara Rodrigo Maia

19 mai 2020 - 16h58
(atualizado às 17h04)
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O ministro da Educação, Abraham Weintraub, postou nesta terça-feira no Twitter que o governo abrirá consulta aos estudantes que se inscreveram no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para saber se preferem manter a data da prova ou adiar por 30 dias.

"O MEC fará uma consulta, na última semana de junho, a todos os inscritos, através da "Página do Participante", do @inep_oficial.Vamos manter a data? Adiar por 30 dias? Suspender até o fim da pandemia? O Gov @jairbolsonaro quer saber a opinião dos brasileiros! Democracia é isso!", escreveu

Abraham Weintraub, ministro da Educação
Abraham Weintraub, ministro da Educação
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil / Estadão Conteúdo

O site oficial do Enem ainda não foi atualizado com essas informações. Weintraub não deu mais detalhes sobre a medida, apenas reforçou que as inscrições para o exame deste ano terminam na sexta-feira. "Neste momento, 4.000.000 de brasileiros já se inscreveram no #ENEM2020. As inscrições vão até sexta-feira. Há um debate sobre seu adiamento. Nosso posicionamento é saber a opinião dos principais interessados, perguntando diretamente aos estudantes inscritos".

A postagem aconteceu horas depois de o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmar que não irá esperar o governo tomar uma decisão sobre o adiamento do Enem e que deverá pautar o tema na Casa, logo na sequência, do projeto ser votado hoje pelo Senado. Para Maia, essa é uma demanda que vem de todo o Brasil.

"Se o Senado votar, eu vou votar. Se o governo não decidir na tramitação do projeto entre o Senado e a Câmara, eu vou votar. Vou apensar os projetos dos deputados e votar tudo junto e vamos promulgar a decisão do Congresso Nacional, espero que o governo possa decidir antes", afirmou o presidente da Câmara.

Se Câmara e Senado aprovarem um projeto de decreto legislativo (PDL) não há necessidade da proposta ir à sanção presidencial e pode ser promulgada pela Congresso Nacional. Na Câmara, um grupo de parlamentares criou um PDL para adiar a data da prova assinado pelos deputados Professor Israel Batista (PV-DF), Tabata Amaral (PDT-SP), Eduardo Bismarck (PDT-CE), Célio Studart (PV-CE), Danilo Cabral (PSB-PE), Raul Henry (MDB-PE) e Tereza Nelma (PSDB-AL).

Estadão
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