Aeroporto de Brasília tem pouco movimento para justificativa
Para dar conta da demanda, foi montada uma equipe de 5 mesários
O movimento de eleitores no posto de justificativa montado pela Justiça eleitoral no Aeroporto Internacional de Brasília foi bem menor neste segundo turno das eleições, do que em pleitos anteriores e também no primeiro turno, há três semanas. A informação é do supervisor da Justiça eleitoral no terminal, Paulo Firmino. "O movimento aqui está bem abaixo do registrado nas outras eleições e, também, no primeiro turno destas eleições. Acredito que seja um indício de que haverá mais gente votando nessas eleições".
Eleitores que estão em viagem podem justificar a ausência em postos montados em dez aeroportos administrado pela Infraero. Os postos funcionam no mesmo horário da votação, de 8h as 17h. Além do aeroporto em Brasília, também contam com postos de justificativa os aeroportos de Aracaju, Belém, Cuiabá, Goiânia, Maceió, Recife, Teresina, Vitória e Uberlândia (MG).
O supervisor informou também que nenhum incidente foi registrado até o início da tarde de hoje (28). Para dar conta da demanda, foi montada uma equipe de 5 mesários; um servidor do aeroporto, responsável pela logística; e quatro informantes responsáveis por ajudar as pessoas a preencherem os formulários.
Justificativa
Com voo marcado para as 15h30, Alan Jayme sabia que chegaria em cima da hora para votar em Belo Horizonte. Por isso, optou por justificar o voto no aeroporto de Brasília. "Vim a Brasília para a festa de casamento de um casal de amigos. Eu até tentei pegar um voo mais cedo para conseguir ajudar meu candidato a melhorar a situação do país, mas isso não foi possível. Portanto o melhor a fazer é aproveitar isso aqui e justificar minha ausência", disse ele à Agência Brasil.
O baiano de Serra do Romário Ramildo Pereira, de 25 anos, se mudou há alguns anos para Brasília onde trabalha com serviços gerais. Como não mudou o título para a capital federal, teve de se dirigir ao aeroporto de Brasília para justificar a não participação nestas eleições. "Como não tenho condições de voltar para a minha terra, fico chateado com isso, porque queria ajudar meu candidato nessas eleições", explicou.
Outra pessoa que usou a unidade de Brasília para justificar a ausência neste pleito foi o comandante de aeronave, Ruas Amilton, de 65 anos. Ele disse ter ficado "aborrecido" por não poder participar do 2º turno porque seria "uma oportunidade para exercer minha cidadania". "Até porque trata-se de um direito pelo qual lutamos muito no passado", acrescentou.