Gladson Cameli (PP) é reeleito governador do Acre

Candidato progressista disputou a reeleição contra outros seis oponentes e liderou as pesquisas de intenção de voto durante toda a campanha

Redação Terra

2 out 2022 - 20h08

(atualizado às 23h32)

Exibir comentários

Governador Gladson Cameli (PP) é reeleito no Acre
Foto: Reprodução/Instagram/@gladsoncameli

O governador Gladson Cameli (PP) foi reeleito para o governo do Acre neste domingo, 2, com 56,75% dos votos válidos com 100% das urnas apuradas. Ele disputou o pleito com outros seis candidatos: Jorge Viana (PT), David Hall (Agir), Mara Rocha (MDB), Márcio Bittar (União Brasil); Professor Nilson (Psol) e Petecão (PSD).

No estado, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 56,75% foram de votos válidos, sendo que Cameli teve 242.100 votos. O segundo colocado, Jorge Viana, teve 103.265, o que representa 24,21%, dos votos válidos.

Foram registrados ainda 4,63% votos nulos e 1,70% votos brancos, além de 22,44% abstenções.

Cameli precisou se afastar alguns dias da campanha, após apresentar sintomas de Covid-19, mas isso parece não ter prejudicado o resultado nas urnas. Ele liderou as pesquisas de intenção de votos durante todo o processo eleitoral.

Nas duas pesquisas realizadas pelo Ipec e encomendada pela Rede Amazônica, afiliada da TV Globo, o atual governador liderava a disputa, com uma grande distância de seu principal rival, Jorge Viana (PT). No primeiro levantamento, de 29 de agosto, Cameli aparecia com 51% das intenções de voto. Já na segunda pesquisa, em 19 de setembro, ele oscilou para 54%. Viana, por outro lado, teve 27% e 25%, respectivamente.

Por outro lado, a pesquisa Real Time Big Data, divulgada em 13 setembro, mostrou que Cameli tinha preferência do público evangélico e católico do Acre – 47% entre os evangélicos e 43% dos católicos. Na sequência, Viana tinha 24% da preferência do eleitorado católico e 18% do evangélico. O levantamento foi registrado no TSE sob o número AC-09556/2022.

Campanha no Estado

O Acre teve um período de campanha tranquilo, sem violência ou escândalos. Apesar disso, o TSE encontrou 572 situações que podem configurar indícios de irregularidades nas contas parciais de candidatos em todo o Estado.

A maioria delas está relacionada a fornecedores ou prestadores sem capacidade operacional, as chamadas empresas de fachada, ou cujos sócios têm relação de parentesco com candidatos. Segundo o TSE, pode-se até presumir situações suspeitas de desvio de recursos de campanha.

Além disso, durante a votação, as Forças Armadas estiveram presentes em 21 dos 22 municípios do estado, para reforçar a segurança no primeiro turno. A medida foi concedida pelo presidente do TSE, o ministro Alexandre de Moraes, assim como em outros 11 Estados, em resposta à consulta do TSE a todas as Regionais Eleitorais do país.

Antes disso, um decreto presidencial publicado em agosto, já havia autorizado o envio das tropas federais para reforçar a segurança e a apuração do pleito. As tropas atuaram em Porto Acre, Sena Madureira, Santa Rosa, Manoel Urbano, Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter, Tarauacá, Jordão, Brasiléia, Assis Brasil, Epitaciolândia, Feijó, Senador Guiomard, Plácido de Castro Acrelândia e Bujari. Somente para Xapuri e Capixaba não foi aprovado o pedido.

Sobre Gladson

O atual governador é natural de Cruzeiro do Sul, casado com a advogada Ana Paula Correia da Silva Cameli, e pai de um menino. Formado em Engenharia Civil, ele é membro do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA/AC).

A carreira política vem de família, já que Cameli é sobrinho de Orleir Cameli, ex-governador do Acre. Em 2006, quando tinha 28 anos, foi eleito pela primeira vez deputado federal, e conseguiu se reeleger em 2006 e 2010.

Especificamente em seu segundo mandato, se destacou à frente da Comissão da Amazônia. Em 2014, foi candidato ao Senado e foi eleito. Já em 2018, se afastou do Senado para concorrer à vaga de governador no Acre, quando conquistou 53,71% dos votos válidos.

Para a campanha de reeleição ao governo do Acre, Gladson Cameli focou no etno e no ecoturismo para geração de emprego, além da obra do anel viário no Estado. Ele também prometeu alavancar a economia, ajudar nas medidas de segurança e combater a corrupção.