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"Aécio está longe de ser o Campos", diz vice de Marina Silva

21 ago 2014 - 19h28
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<p>Beto Albuquerque (centro) &eacute; candidato a vice de Marina Silva</p>
Beto Albuquerque (centro) é candidato a vice de Marina Silva
Foto: Reprodução / Facebook

O deputado Beto Albuquerque (PSB), candidato a vice na chapa de Marina Silva, deixou evidente nesta tarde, em Porto Alegre, o papel de destaque que pretende assumir na corrida presidencial. Em coletiva de imprensa organizada para tratar da alteração na coligação estadual - antes das mudanças ele concorria ao Senado no Rio Grande do Sul -, Beto disparou contra os adversários Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), falou sobre sua presença nos palanques em que Marina não cogita subir, disse que vai assumir interinamente a coordenação de campanha no lugar de Carlos Siqueira e fez uso de figuras de linguagem para defender “o avanço do projeto de Eduardo Campos.”

Questionado sobre a vantagem de Dilma no pleito, Beto classificou o governo da petista como um retrocesso em relação à gestão Lula em todas as áreas. “O problema da Dilma não sou eu, é o governo dela, que tem PIB em queda, corrupção na Petrobras e crise no setor energético”, disse, ao responder a uma pergunta sobre se, por ser gaúcho, poderia melhorar a performance de Marina no Estado onde Dilma apresenta larga margem de preferência entre o eleitorado.

O gaúcho também não poupou o candidato tucano. “Nunca tivemos palanque para o Aécio. Nunca rezamos a mesma cartilha. O problema do Aécio é que ele está agarrado com o passado e o Brasil quer coisa nova. Estamos fora da prática do suga-suga. O Aécio está longe de ser o Eduardo Campos”, afirmou, em referência à análise feita por tucanos após a morte de Campos, de que ele e Aécio seriam da mesma escola política.

Beto tentou relativizar as dificuldades de Marina com as alianças nos Estados e com setores da economia, como o agronegócio, informou que respeita os critérios da Rede sobre o perfil de doadores de campanha, mas ressalvou que o PSB só proíbe seus quadros de “pegarem contribuições ilícitas e ilegais.”

Em relação ao agronegócio, disse que a ‘ponte’ com o setor foi feita por Campos e será mantida. “O agronegócio representa 5% ou 6% do PIB do País. Isto, governo nenhum pode deixar de olhar.” Sobre os palanques regionais, o vice assegurou que, naqueles onde Marina não for, ele estará presente. “Estarei na campanha em São Paulo, no Paraná e no Mato Grosso porque irei honrar nossos compromissos.”

Beto, conhecido por suas frases de efeito, se utilizou de uma delas para falar da relação do governo Dilma com sua base. “O Brasil não é uma quitanda onde você pode dar uma laranja para um, uma banana para outro. Não dá para fatiar o País em troca de apoio parlamentar.”

Coligações partidárias: Dilma, Aécio e Eduardo CamposColigações partidárias: Dilma, Aécio e Eduardo Campos

Fonte: Especial para Terra
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