Em carreata, Aécio comemora pesquisa CNT e critica Correios
O senador e candidato à presidência Aécio Neves (PSDB) encerrou a campanha eleitoral, neste sábado, participando de carreatas em Santa Luzia, Ribeirão das Neves, Contagem e Betim, cidades da região metropolitana de Belo Horizonte. Aécio estava acompanhado dos também tucanos Pimenta da Veiga, candidato ao governo de Minas Gerais, e Antônio Anastasia, que concorre a uma vaga ao senado. Eles cumprimentaram e acenaram para eleitores e militantes.
Em Contagem, Aécio comemorou o resultado da pesquisa realizada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT/MDA) divulgada neste sábado, que apontou pela primeira vez, a candidatura dele à frente de Marina Silva (PSB).
Segundo o levantamento, na pesquisa estimulada, a presidente Dilma Rousseff tem 40,6% das intenções de voto. Ela se mantém estável desde a última rodada, divulgada na segunda-feira (29), quando aparecia com 40,4%. Já Aécio Neves cresceu 4,2 pontos e alcançou a preferência de 24% do eleitorado, saltando para o segundo lugar. Marina Silva recuou 3,8 pontos em relação à última pesquisa e a agora tem 21,4% das intenções de voto. Luciana Genro (Psol) é a quarta colocada, com 1,1% das intenções de voto.
Depois aparecem Pastor Everaldo (PSC) com 0,8% e Levy Fidelix (PRTB) com 0,5%. Os outros candidatos pontuam 0,6%. Brancos e nulos somam 5,2% e 5,8% dos entrevistados não sabem ou não responderam. A pesquisa foi registrada no TSE sob o número BR-01032/2014. Foram ouvidas 2002 pessoas em 137 cidades do País entre os dias 2 e 3 de outubro. A margem de erro é 2,2 pontos percentuais com 95% de nível de confiança.
“Recebo com muita serenidade, obviamente, com otimismo. Tenho percebido nas ruas do Brasil inteiro que há um clima favorável à nossa candidatura. Vou continuar, como vocês estão vendo, caminhando até o último momento, acreditando na possibilidade de estar no segundo turno, mas mais importante, acreditando que eu tenho o melhor projeto para o Brasil. As minhas preocupações, elas serão certamente maiores a partir da vitória, a partir do resultado,” afirmou.
Pouco antes, em Santa Luzia, o senador falou da presença em Minas Gerais da presidente Dilma Rousseff (PT), que alterou a agenda de campanha e também veio a Belo Horizonte neste sábado, onde fez uma caminhada na região central.
“Pena que não ficará aqui muito tempo, porque não vota aqui em Minas Gerais. Mas vamos recebê-la (a presidente Dilma Rousseff) como sempre recebemos. Portanto, aqueles que vêm de outras partes do Brasil, e a minha intenção como foi até aqui, será sempre debater ideias. Eu sou da escola 'Trancrediana', que ensina muito cedo que quem deve brigar são as ideias e não as pessoas,” afirmou, se referindo ao modo de fazer política do avô, o ex-presidente Tancredo Neves.
O candidato também cobrou da presidente Dilma Rousseff a inclusão, na prestação de de contas da candidatura petista, do pagamento referente aos gastos com o envio de material de propaganda pelos Correios, que segundo Aécio Neves teria sido omitido.
“É um acinte. Um crime eleitoral. Isso favoreceu uma candidatura em favor de outras. A isonomia no pleito é o que a lei determina. Estamos fazendo o que é possível: alertando, denunciando e entrando com ações na Justiça Eleitoral para que as providências sejam tomadas, espero que sejam."
"Da mesma forma que a Petrobras foi utilizada, ao longo de todo esse período, para beneficiar um grupo político, financiando-o, segundo diz o diretor preso, os Correios estão sendo usados para beneficiar uma candidatura aqui em Minas. Não queremos que, aqui em Minas Gerais, as nossas empresas públicas e de excelência, reconhecidas internacionalmente e cotadas em Bolsa, como é o caso da Cemig, referência no setor até fora do Brasil, sejam aparelhadas de forma criminosa, como os Correios em Minas Gerais. Ninguém desconhece as indicações para os Correios e a que interesses atendem. Quem comanda as reuniões dos Correios em Minas Gerais é um parlamentar, que indica o diretor local, que se submete a ele e submete os Correios. Isso nunca aconteceu na história de Minas Gerais e do Brasil. Temos de denunciar. É um crime. É um acinte, cabe à Justiça agir,” reclamou.
Aperto de mão negado
Durante caminhada no aglomerado da Serra, na sexta-feira, um morador que estava na janela de uma das casas recusou a apertar a mão do candidato, deixando-o no “vácuo”. Aécio minimizou o fato: “Você está acompanhando a campanha em Minas Gerais, tenho dificuldades de andar pelas ruas por causa da quantidade de pessoas querendo me cumprimentar. Foi um gesto individual de uma pessoa, que eu respeito, vou fazer como eu sempre fiz: mesmo discordando, serei educado,” afirmou