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Alckmin afirma agora ter sido iludido e defende que Lula foi preso injustamente

Em peça, o ex-governador de São Paulo aproveita para subir o tom contra Bolsonaro, candidato à reeleição: 'É a família Bolsonaro que precisa explicar ao povo a compra de 51 imóveis com dinheiro vivo'

9 set 2022 - 17h52
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BRASÍLIA - O candidato a vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) se pronunciou nesta sexta-feira, 9, sobre o resgate, por bolsonaristas na internet, de falas antigas em que acusava seu hoje companheiro de chapa, o o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de envolvimento com corrupção. Em vídeo divulgado nas redes sociais a ser exibido em rede nacional de rádio e televisão, o ex-tucano e antes adversário político histórico do PT afirmou ter sido iludido e defendeu que Lula foi preso injustamente.

"Muito cuidado. Nesta eleição, antigas falas minhas estão sendo usadas por Bolsonaro para confundir o povo. Naquela época, muitos de nós fomos iludidos por um julgamento que depois a própria Justiça anulou porque foi parcial e suspeito. Hoje, está provado que Lula foi preso injustamente", diz Alckmin. No dia da prisão de Lula, em 2018, ele declarou que "ninguém está acima da lei".

Em 2021, o STF acabou por anular os processos de Lula por erros processuais e considerou Moro um juiz parcial para julgar o petista. Foto: Bruno Kelly/Reuters

Na peça divulgada nesta sexta-feira, o ex-governador de São Paulo aproveita para subir o tom contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição. "Agora, é a família Bolsonaro que precisa explicar ao povo a compra de 51 imóveis com dinheiro vivo", afirma.

Líderes do bolsonarismo como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), coordenador geral da campanha à reeleição do pai, compartilham vídeo em que Alckmin, enquanto candidato a presidente em 2018, acusou o PT de querer "voltar à cena do crime" com a candidatura de Lula, que estava preso pelos desdobramentos da Operação Lava Jato. Impedido pela Justiça, o petista deu a Fernando Haddad a missão de substituí-lo nas urnas. Ele acabou perdendo a disputa em segundo turno para Bolsonaro.

Em 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) acabou por anular os processos de Lula por erros processuais e considerou Sérgio Moro (União Brasil), ex-ministro de Bolsonaro e hoje candidato ao Senado pelo Paraná, um juiz parcial para julgar o ex-presidente.

Estadão
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