Alckmin defende aliança com Lula contra "desastroso e cruel governo"
Ex-governador participou do lançamento da pré-candidatura do petista, do qual é vice, neste sábado
O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin participou do lançamento da pré-candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, chapa para as eleições de 2022 na qual compõe como vice, neste sábado, 7. A participação foi por videoconferência, já que Alckmin está com covid-19. "Estou triste de não poder estar aí. Como tantos brasileiros, fui diagnosticado com covid, mas não fui pego desprevenido. Graças às vacinas e ao SUS, tenho apenas sintomas leves", iniciou o discurso.
Alckmin citou várias vezes o fato de ter sido adversário político de Lula no passado, mas que isso não tem peso no presente. "Pensamos nas disputas do passado e pensamos na união de hoje. O que mais importa? Eu lhes respondo: aquilo que o Brasil precisa. O país sobrevive ao mais desastroso e cruel governo da história", criticou ainda, citando o governo Bolsonaro. "Hipócrita no combate à corrupção, despreparado na economia, ineficiente administrativamente e socialmente injusto e irresponsável", completou.
"Números diferentes quando somados não diminuem de valor. Pelo contrário, elevam sua grandeza. Essa lógica aplica-se também à política", acrescentou, pontuando que a defesa da democracia é mais urgente do que as disputas políticas.
"Quando o presidente Lula me estendeu a mão, vi nesse gesto muito mais do que um sinal de reconciliação entre dois adversários históricos. Vi, na verdade, um chamado para a razão".
'Lula com chuchu'
Geraldo Alckmin ainda brincou com piadas sobre a inusitada parceria política com Lula. "Mesmo que muitos discordem, acredito que lula é um prato que cai bem com chuchu, acho que ainda se tornará um hit da nossa culinária", riu.
O ex-governador também afirmou que será um "parceiro leal", compromissado com um Brasil "socialmente mais justo, economicamente mais forte, ambientalmente mais responsável e internacionalmente mais respeitado".
Por fim, Alckmin classificou Lula como "a via única da esperança" e que, sem o petista, não haverá alternância de poder. "Sem essa alternância, não haverá garantias para a nossa democracia".