Alckmin minimiza vaia que sofreu e gritos de 'Bolsonaro'
Candidato do PSDB tentou fazer campanha em evento evangélica, mas não foi bem recebido
O candidato à Presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin, minimizou as vaias e gritos de 'Bolsonaro' recebidas durante a abertura da Expo Cristã, evento realizado por comunidades evangélicas na capital paulista.
"O que eu vi foi uma plateia bem dividida. É que sempre existe aquele pessoal mais ruidoso. Se fizer uma pesquisa aí, vai dar uma votação bem dividida", disse o ex-governador a jornalistas, após deixar o evento.
Alckmin foi vaiado duas vezes no evento na manhã desta quinta-feira, 27. A primeira, quando foi anunciado por João Doria (PSDB), que o precedeu no palco, e a segunda, quando subiu ao palco.
Indagado por jornalistas, o ex-governador reiterou ainda que não vai mudar a estratégia de bater em Bolsonaro. "A nossa estratégia não foi feita com base em pesquisa, mas com base em coerência. A política precisa ter mais valores, mais princípios", disse.
Também presente ao evento, Magno Malta foi bastante aplaudido pelos presentes ao dizer que veio no lugar de Jair Bolsonaro (PSL), que continua internado no hospital Albert Einstein após receber uma facada, no último dia 6. A menção ao presidenciável levou integrantes da plateia a soltarem gritos de "ele sim", em referência à campanha realizada por grupos feministas na internet desde a última semana.
Malta também fez pregação contra o que considera ser "ideologia de gênero" e disse que Bolsonaro foi atacado por defender valores como esses. "Temos um homem esfaqueado. 'Ah, mas ele advoga a violência'. E agora vai proibir facas nos restaurantes, nas churrascarias?", indagou, recebendo fortes aplausos da plateia.
Antes dele, Lúcia França, primeira-dama do Estado, também discursou. Ela veio representando Márcio França (PSB), que estava confirmado no evento.