Alvo de 129 processos, plano de Marçal para Presidência pode ser barrado pela Justiça
Uma das acusações mais graves contra o ex-coach envolve a divulgação de um laudo médico falso contra Guilherme Boulos (PSOL), compartilhado em suas redes na véspera da eleição
Após ficar em terceiro na disputa pela Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB) agora se concentra em sua defesa diante de mais de cem processos judiciais, o que pode comprometer suas ambições de disputar a Presidência em 2026. Marçal responde a pelo menos 129 processos na Justiça Eleitoral. Se condenado, poderá ser declarado inelegível até 2032. As acusações envolvem abuso de poder econômico, uso indevido da mídia e disseminação de fake news.
Marçal publica laudo médico falso
Uma das acusações mais graves contra Marçal envolve a divulgação de um laudo médico falso contra Guilherme Boulos (PSOL), compartilhado em suas redes na véspera da eleição. A Polícia Civil confirmou a falsificação, e o episódio pode resultar em sua inelegibilidade por oito anos. Ele também pode ser condenado por calúnia, falsidade ideológica e associação criminosa, com penas de até oito anos de prisão.
Além disso, Marçal enfrenta ações por abuso de poder econômico, relacionadas à remuneração de usuários que promoviam "cortes" de vídeos de sua campanha nas redes sociais. Caso seja condenado, poderá ficar inelegível por mais tempo.
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Investigação por lavagem de dinheiro
A Polícia Federal (PF) também investiga Marçal por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica nas eleições de 2022, quando lançou sua candidatura à Presidência. O Coaf identificou 42 transações suspeitas ligadas a suas contas bancárias, levantando suspeitas de que ele teria desviado fundos de sua campanha para suas próprias empresas.
Histórico de controvérsias
Outro ponto controverso em sua trajetória é uma condenação de 2010, quando foi sentenciado a mais de quatro anos de prisão por envolvimento em fraudes bancárias. Marçal também é alvo de críticas por liderar uma expedição perigosa ao Pico dos Marins, em 2022, que terminou em um resgate de nove horas pelo Corpo de Bombeiros.
Além disso, Marçal foi citado em outro episódio, quando um funcionário de sua empresa morreu durante uma maratona organizada por ele, sem exames médicos prévios.