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Clima tenso entre apoiadores de Bolsonaro na Av Paulista

'A coisa vai ficar feia, se preparem', diziam eleitores ao microfone

7 out 2018 - 21h38
(atualizado às 21h52)
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A concentração dos eleitores do candidato Jair Bolsonaro em frente ao prédio da Fiesp, na Avenida Paulista, começou em clima bastante tenso por volta das 19h30 deste domingo. Um militante fardado anunciava a poucos metros de uma viatura policial, ainda enquanto as urnas eram apuradas: "Se der segundo turno, vamos queimar a Paulista. Não vamos aceitar a fraude".

Um carro Fiat Strada estacionado sobre a calçada guardava porretes de madeira e barras de alumínio. Em conversa perto do Estado, dois bolsonaristas comentavam: "Isso aqui é para os petistas que podem chegar. É melhor a gente estar preparado".

Candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, durante evento em Brasília
Candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, durante evento em Brasília
Foto: Adriano Machado / Reuters

Os apoiadores chegavam rápido e se concentravam ao lado de um boneco gigante de General Mourão, vice de Bolsonaro. Militantes que pregam a intervenção militar cantavam o hino nacional. "Melhor uma ditadura de direita do que uma de esquerda", dizia o estudante Caio Felipe, de 25 anos.

Um casal segurava a bandeira do Brasil enquanto ouvia as noticias da apuração pelos fones de ouvido. "Se der segundo turno, será fraude. Recebemos várias denúncias de fraude nas urnas. Não queremos que isso aqui se torne uma nova Venezuela", dizia o técnico de TI, Gustavo Pereira, de 29 anos.

Sua namorada é Brenda Andrade, estudante de 24 anos. Negra, ela diz que não acreditou nas acusações de que Bolsonaro era preconceituoso e racista. "Eu sempre fui pesquisar essas notícias para saber se não se tratavam de fake news. Eram boatos."

"Precisamos mudar a máquina", dizia Alexandre Ricardo, de 39 anos. Ao seu lado, o estudante Mateus Vitor, 18 anos, dizia estar feliz por sentir que poderia mudar o País em sua primeira votação. "Muita gente acredita apenas em notícias falsas. Por isso são contra."

Enquanto falavam com a reportagem, militantes se revezavam ao microfone pedindo greve geral caso a eleição não fosse decidida no primeiro turno. "A coisa vai ficar feia. Vocês se preparem."

Estadão
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