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Bastidores de debate têm grades de segurança, risos e espaço esvaziado

Espaço onde conflitos ocorreram no segundo turno estava esvaziado e com barreiras de proteção

17 out 2022 - 00h52
(atualizado às 01h56)
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Foto: Karen Lemos/Terra

As brigas entre aliados de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) nos bastidores do debate presidencial de 1º turno na TV Band fez com que a emissora tomasse medidas de seguranças mais rígidas. O procedimento acabou esfriando as reações e impedindo provocações no espaço reservado para convidados das campanhas dos presidenciáveis, que se encontraram no embate realizado na noite deste domingo, 16.

Protagonistas de uma acalorada discussão no primeiro debate dessas eleições, Ricardo Salles e André Janones, por exemplo, não marcaram presença no lounge. Dessa vez, foram poucos os convidados, como o deputado estadual Gil Diniz (PL) e Frederick Wassef (PL), advogado de Bolsonaro que tentou se eleger como deputado federal, mas não obteve votos suficientes.

Foto: Karen Lemos/Terra

Do lado do PT, entre os aliados de maior destaque estavam a deputada federal Marina Silva (Rede) e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL). Ambos os lados estavam separados por grades de proteção com um espaço no meio ocupados por seguranças para evitar qualquer tipo de confusão.

Foto: Karen Lemos/Terra

Essa logística fez com que o espaço ficasse mais esvaziado - em certo momento, jornalistas ocupavam mais os assentos do que os convidados de campanha. As reações também foram quase nulas, com apenas um ou outro aplauso em meio as falas dos presidenciáveis.

Em um dos poucos momentos de interação, houve risos de ambos os lados quando Bolsonaro tocou o ombro de Lula. O episódio divertiu os bastidores. 

O clima sem muitos convidados ainda fez com que Frederick Wassef chamasse atenção de quem passava pelo espaço momentos antes do início do debate. Em entrevista para alguns jornalistas, ele se exaltou e aumentou o volume da voz ao acusar - sem exibir provas - fraudes nas eleições e alegar que ele deveria ter sido eleito deputado federal.

O advogado de Bolsonaro alcançou 3.628 votos, número insuficiente para conquistar uma vaga na Câmara dos Deputados.

Na 'ala petista', o assunto mais debatido foi o vídeo de Bolsonaro em que ele afirmou que "pintou um clima" com adolescentes venezuelanas. Marina Silva, por exemplo, disse ao Terra acreditar que o presidente fez uso da "vulnerabilidade daquelas crianças em benefício de sua campanha e queria ficar impune do ponto de vista da opinião pública."

Guilherme Boulos também comentou a fala de Bolsonaro e citou o broche que Lula usou no debate com imagem da luta contra a exploração sexual infantil. "Esse broche simboliza as respostas que o Bolsonaro tem que dar ao povo brasileiro a partir daquela declaração nojenta", pontuou em conversa com a reportagem.

“Ele ensinou pedofilia, ensinou xenofobia e mostra até prevaricação da parte dele. É o tipo de declaração do Bolsonaro, né? O tipo de declaração que leva o debate para o esgoto do ódio. Só que foi um tiro no pé. Tanto que o Bolsonaro está nervoso aí no debate, porque ele precisa explicar essa fala dele", avaliou o deputado federal mais votado de São Paulo.

Já Gil Diniz, deputado estadual do PL - partido de Bolsonaro, criticou o empenho do petista. "O Lula que está muito nervoso", disse. "Está tremendo a mão, coçando muito a mão. Já a entonação do presidente está muito mais tranquila. Ele veio muito mais preparado do que o Lula."

O parlamentar comentou ainda o fato de Sergio Moro, ex-ministro que deixou o governo após desentendimentos com o chefe do Executivo, estar dentro do estúdio, orientando o presidente no embate contra o ex-presidente Lula.

Foto: Karen Lemos/Terra

"É simbólico, né? A figura de um juiz ali. Quanto um criminoso olha para um juiz, ele treme", brincou Diniz. Boulos, no entanto, tem uma opinião diferente. “Que triste fim do Sergio Moro. Virar assessor do Bolsonaro no debate presidencial”.

Pouco antes do final do debate, a ala do PL aplaudiu a fala final de Bolsonaro, gritou "mito" e deixou o local no momento em que Lula fazia suas considerações finais. Convidados da campanha de Lula permaneceram até o final e também aplaudiram quando o petista encerrou sua participação no debate.

Fonte: Redação Terra
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