Bloqueios ilegais em rodovias federais caem para 32, diz PRF
Há registros de atos golpistas em pelo menos 7 Estados, segundo último boletim da Polícia Rodoviária Federal
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou um novo balanço nesta quinta-feira, 3, sobre as interdições e bloqueios em rodovias federais pelo País. Desde as eleições de segundo turno, apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), que foi derrotado nas urnas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fazem atos golpistas para impedir o fluxo em estradas.
Segundo a PRF, até às 16h, foram registradas 30 interdições e 2 bloqueios em pelo menos 7 Estados (AM - MT - MS - PA - PR - RO - SC) . Ao todo, 921 manifestações foram desfeitas.
Mato Grosso segue liderando entre os Estados que registram a maior quantidade de atos golpistas, com 9 ocorrências. Na sequência, vem Pará, com 6 interdições. Rondônia também aparece no rol, com 8 ocorrências.
Não há mais nenhuma ocorrência registrada em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Os bloqueios chegaram a atingir ao menos 20 Estados.
🚧 Ocorrências em rodovias federais no Brasil
🛣️ Total de manifestações desfeitas: 921
Interdição (fluxo parcialmente impedido): 30
Bloqueio (Fluxo totalmente impedido): 2 pic.twitter.com/oYAhhWdCwF
— PRF Brasil (@PRFBrasil) November 3, 2022
Apelo de Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro publicou um vídeo na quarta-feira, 2, em que faz um apelo para que seus apoiadores desbloqueiem estradas de todo o País. No vídeo, Bolsonaro lamenta a derrota nas urnas e pede que os apoiadores encerrem os bloqueios.
"Quero fazer um apelo a você: desobstrua as rodovias. Isso não faz parte, no meu entender, dessas manifestações legítimas, não vamos perder nós aqui a nossa legitimidade. Outras manifestações estão fazendo pelo Brasil todo, em praças, fazem parte do jogo democrático", pediu Bolsonaro.
Bolsonaro também lamentou a derrota nas eleições e legitimou as manifestações. "Estou tão chateado e triste quanto vocês, mas temos que ter a cabeça no lugar. Os protestos, as manifestações, são muito bem-vindas, fazem parte do jogo democrático", afirmou.