Bluesky chega a 10 milhões de usuários e tem pico de uso após cadeirada em Marçal
Rede social aparece como uma das principais alternativas ao serviço de Elon Musk
Neste domingo, 15, a rede social Bluesky anunciou que chegou a marca de 10 milhões de usuários. O anúncio foi feito pela página oficial da plataforma, que teve a publicação feita em inglês e português.
Por enquanto, os usuários brasileiros são maioria dentro do aplicativo, que se mostrou a alternativa favorita dos antigos usuários do Twitter.
Lançado em 2019, o Bluesky bateu o número de dois milhões de usuários apenas em 2023. Desde que o X foi banido do Brasil, a nova rede social, que tem o layout e o funcionamento muito similar ao antigo Twitter, se tornou uma das principais substitutas dos usuários brasileiros. Em apenas três dias, o Bluesky alcançou os mesmos dois milhões de novos usuários, marcando um crescimento de 400%.
Desde então, a plataforma se reorganizou para receber usuários novos de todos os países. Os novos recursos incluem a publicação de vídeos de até um minuto e ferramentas de denúncia a conteúdos nocivos. O recurso de vídeo foi implementado na semana passada.
Também no domingo, 15, a plataforma registrou um pico de audiência em razão do debate pela prefeitura de São Paulo, que teve uma cadeirada do candidato José Luiz Datena (PSDB) ao candidato Pablo Marçal (PRTB).
A agressão gerou um engajamento muito grande nas redes sociais, inclusive no Bluesky, com milhares de análises, comentários e memes sobre a confusão. A informação do pico de tráfego foi compartilhada na própria rede por um dos seus desenvolvedores.
Relembre a suspensão do X no Brasil
No dia 31 de agosto, após decisão do ministro Alexandre de Moraes, a rede social foi suspensa por tempo indeterminado no País. Enquanto isso, usuários brasileiros se dividem entre alternativas como Bluesky e o Threads, do Instagram.
A suspensão veio após uma série de conflitos entre Moraes e Elon Musk, o dono da plataforma. No dia 17 de agosto, o bilionário fechou os escritórios no Brasil por não concordar com diversas exigências de Moraes, como ferramentas para o controle de fake news dentro do X, por exemplo.
Após o fechamento, o ministro exigiu que Musk indicasse um representante legal brasileiro para o X, caso contrário, a rede social seria suspensa no País.
Como o pedido de acordo não foi respondido por parte de Musk, no dia 30 de agosto, o X parou de funcionar no Brasil.
Além disso, o ministro bloqueou as contas da empresa de internet Starlink - também de Musk - como garantia de pagamento das multas à Justiça sofridas pelo X.
Depois de um bloqueio de cerca de R$18 milhões, as contas foram liberadas novamente. Apesar disso, atualmente, o X segue suspenso, pois a liberação da plataforma exige outras medidas judiciais como um representante legal no País e ferramentas que denunciem e excluam perfis que atacam a democracia, por exemplo.
*Mariana Cury é estagiária sob supervisão de Bruno Romani