Mentiram "descaradamente", diz Bolsonaro de Haddad e Boulos
Rivais disseram no último encontro entre presidenciáveis que candidato do PSL quer acabar com décimo terceiro salário
O candidato do PSL à presidência da República, Jair Bolsonaro, afirmou na noite desta sexta-feira, 5, que Fernando Haddad (PT) e Guilherme Boulos (PSOL), dois de seus concorrentes na disputa presidencial, mentiram "descaradamente" durante o debate promovido na quinta-feira, 4, pela TV Globo. Ele disse que, "atônito", viu os dois concorrentes "falando que quero acabar com o décimo terceiro (salário), com o fundo de garantia, que eu sou o maior destruidor de direitos trabalhistas. Mentem descaradamente", acusou. O candidato do PSL disse que recebeu orientações médicas para não participar do debate.
"Lamento apenas que a TV Globo... podia questionar nesse momento: 'olha, não temos a informação de que Bolsonaro falou em acabar com direitos trabalhistas, ou que ia cobrar imposto de renda sobre quem ganha um salário mínimo'. Mentira em cima de mentira", disse o candidato, durante discurso transmitido ao vivo por meio do perfil de Bolsonaro no Facebook.
O candidato do PSL também reclamou do adversário tucano Geraldo Alckmin: "O senhor Geraldo Alckmin vem dizendo que votar em mim é dar um passaporte para o PT voltar ao poder. Tem que entender que por duas vezes Fernando Henrique Cardoso disse que, num segundo turno entre Bolsonaro e Haddad, ele e seu partido ficariam com o PT".
Bolsonaro disse ainda ter sido vítima de uma fake news, segundo a qual votou contra o projeto da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, que foi aprovada e concede benefícios a deficientes. Um dos filhos do candidato, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, também presente à transmissão, afirmou que na verdade votaram contra um destaque que tratava de orientação sexual e ideologia de gênero. "Era um jabuti, óbvio que não podíamos aceitar", disse.
Bolsonaro fez um apelo pelo voto útil já no primeiro turno, para que a eleição termine e ele se eleja, e afirmou que "faltam 6 milhões de votos" para vencer no próximo domingo.
O general da reserva Augusto Heleno Pereira, que também participou da transmissão pelo Facebook, reiterou o pedido de Bolsonaro e afirmou que resolver a eleição no primeiro turno seria "uma grande economia para o País".
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