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Bolsonaro tentará 'aprovar alguma coisa' da Previdência

Candidato contrariou declarações do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que disse que a tendência é apresentar novo projeto em 2019

29 out 2018 - 20h58
(atualizado às 21h20)
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O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) contrariou, em duas entrevistas exibidas na noite desta segunda-feira, declarações dadas mais cedo pelo deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), para quem a tendência é apresentar um novo projeto da Reforma da Previdência no ano que vem.

Em entrevista gravada esta tarde e exibida nesta noite pela RedeTV!, o presidente eleito afirmou que irá à capital do País na semana que vem tratar desse assunto. "Antes mesmo de assumir, vou a Brasília na próxima semana buscando aprovar alguma coisa da reforma da Previdência", disse o parlamentar, quando questionado sobre qual a primeira medida que pretende tomar ao assumir o cargo.

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, durante entrevista a TV Record
O presidente eleito, Jair Bolsonaro, durante entrevista a TV Record
Foto: TV RECORD/Reprodução / Estadão Conteúdo

Em outra entrevista, exibida também no início desta noite pela TV Record, Bolsonaro afirmou que vai buscar aprovar, "se não com todo, com parte do que está sendo proposto (pelo governo do presidente Michel Temer), o que evitaria problemas para o futuro governo".

Durante a manhã, Lorenzoni, que é cotado assumir a Casa Civil no ano que vem, disse a diferentes rádios que o projeto encampado pelo atual governo está "descartado". "Queremos um projeto de longo prazo, para cerca de 30 anos", frisou o parlamentar, para quem o atual projeto em discussão é um "remendo". "Não dá para ficar mexendo na vida das pessoas de cinco em cinco anos. A tendência é apresentar projeto novo da Previdência no início do ano que vem."

Apesar de dizer que há "unanimidade" sobre essa visão dentro da equipe bolsonarista, Lorenzoni admitiu à Rádio Eldorado que estava falando em nome próprio. Mas ressaltou: "defendo reforma da Previdência que se faça de uma única vez. O atual governo propôs apenas um remendo, mas a reforma tem de ser de longo prazo".

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