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Bolsonaro lamenta assassinato de petista em Mato Grosso: "Motivação estúpida"

Apoiador do presidente matou a facadas um simpatizante de Lula; preso preventivamente, Rafael Oliveira confessou o crime

10 set 2022 - 14h21
(atualizado às 14h32)
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Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro
Foto: Ueslei Marcelino/File Photo / Reuters

O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) lamentou o assassinato a facadas de um petista por um apoiador de seu governo após uma briga iniciada por divergência política em Mato Grosso. A declaração foi feita ao Blog do Nolasco, no portal R7, neste sábado, 10.

"Qualquer morte que tenha motivação política, ou que tenha motivação por uma briga de torcida de futebol, qualquer motivação estúpida, a gente lamenta isso daí", disse. 

Bolsonaro ainda não havia comentado o episódio em que um apoiador de sua reeleição matou a facadas um simpatizante do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo a Polícia Civil, Rafael Silva de Oliveira, de 24 anos, matou ocolega de trabalho Benedito Cardoso dos Santos, 42 anos, com golpes de faca na manhã de quinta.

O suspeito foi levado para a delegacia de polícia, onde confessou o crime e foi autuado em flagrante. Ele está em prisão preventiva. Conforme o processo judicial sobre o caso, ambos conversavam sobre política e fumavam, quando a discussão passou para uma luta física e escalou para o assassinato do petista.

É a segunda vez neste ano que um apoiador de Bolsonaro mata um simpatizante de Lula, em mais um incidente de uma campanha tensa e pontuada por episódios de violência política. Em julho, em Foz do Iguaçu, no Paraná, o guarda municipal e dirigente local do PT Marcelo Arruda foi assassinado a tiros pelo policial penal federal bolsonarista José Guaranho durante sua festa de aniversário de 50 anos, que tinha o ex-presidente petista como tema. Antes de atirar, Guaranho chegou ao local atacando Lula e o PT e com palavras de ordem pró-Bolsonaro, provocando uma discussão.

Lula, que já havia condenado o ato de violência e cobrado das autoridades se existe espécie de estratégia política por traz dos assassinatos, afirmou neste sábado, 10, que o PT iria procurar a família de Santos para oferecer ajuda.

"Se ele tem mulher e se ele tem filho, o PT tem a obrigação de saber de todas as coisas para ajudar esta família, que foi vítima do genocida chamado Bolsonaro", disse o ex-presidente em comício em Taboão da Serra, na Região Metropolitana de São Paulo.

Pouco depois, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, informou por meio do Twitter que conversou com o irmão do petista.

"Vamos acompanhar juridicamente o caso para que o assassino seja punido. Mas queremos da justiça eleitoral providências para o mandante do crime: Jair Bolsonaro", postou a dirigente.

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