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Boulos diz que Nunes não abre sigilo bancário porque deve ter 'alguma coisa cabeluda'

Em resposta, prefeito afirmou que não abriria o sigilo para o público, mas o faria para "qualquer autoridade" que o solicitasse

25 out 2024 - 23h26
(atualizado às 23h33)
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Guilherme Boulos e Ricardo Nunes no estúdio da TV Globo, em São Paulo
Guilherme Boulos e Ricardo Nunes no estúdio da TV Globo, em São Paulo
Foto: Bob Paulino/Globo

Os candidatos Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) trocaram acusações sobre o passado no terceiro bloco do debate da TV Globo. O psolista voltou a desafiar o emedebista a abrir o seu sigilo bancário. "Deve ter alguma coisa cabeluda", afirmou.

Nunes, em resposta, afirmou que não abriria o sigilo para o público, mas o faria para "qualquer autoridade" que o solicitasse, descrevendo o desafio do psolista como uma "tática de marketing" baseada em fazer "cortina de fumaça".

O prefeito voltou a afirmar que não possui indiciamentos e que o seu adversário está com "dor de cotovelo" do trabalho feito durante a sua gestão. Em seguida, o mandatário trouxe à tona uma nota da Polícia Civil paulista sobre uma detenção de ativistas do MTST, entre os quais Guilherme Boulos, acrescentando que o psolista também está envolvido na depredação ao prédio da sede da Fiesp.

"Eu não depredei a Fiesp, é mais uma das suas mentiras", rebateu Boulos, insistindo no desafio da abertura do sigilo bancário, alegando suspeitas no inquérito conhecido como "máfia das creches". "Quem não deve não teme. Eu não devo e abro o meu", disse o candidato do PSOL.

Boulos declarou que "não pode haver corrupção" para uma boa administração municipal, e cita a suposta participação de Nunes no esquema conhecido como Máfia das Creches. Ele questiona o atual prefeito o motivo de valores de serviços prestados por uma de suas empresas terem sido depositados em uma de suas contas bancárias pessoais. "Não tenho nada para esconder, nunca tive nenhum indiciamento, nenhuma condenação", respondeu o emedebista.

O candidato do MDB continuou, relatando que o adversário já foi referido como "criminoso" em um antigo processo judicial. "É muito ruim a gente querer falar da cidade e ele vem trazer mentiras aqui. Contra mim, absolutamente nada", concluiu Nunes. Boulos reafirma que seu oponente "não responde" às suas perguntas. "Ele diz que eu não trabalho. Quando você diz isso você não ofende a mim, você está ofendendo aos professores", diz o psolista.

Na sequência, o candidato do PSOL relembrou que o prefeito foi preso por supostamente dar tiro para o alto em boate. Nunes diz que não houve inquérito sobre o caso.

Estadão
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