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Boulos diz que Venezuela vive 'regime ditatorial' e cobra Nunes por posicionamento no 8 de janeiro

Candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSOL também se manifestou sobre o uso de câmeras de monitoramento facial na capital

26 set 2024 - 13h36
(atualizado às 13h57)
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Alan Severiano entrevista Guilherme Boulos (PSOL) no 'SP1'
Alan Severiano entrevista Guilherme Boulos (PSOL) no 'SP1'
Foto: TV Globo/ Bob Paulino

Guilherme Boulos, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSOL, reconheceu -- pela primeira vez -- que a Venezuela vive uma ditadura. Quando questionado sobre o número de venezuelanos que imigram para a capital em virtude do regime estabelecido no país, Boulos afirmou que "um regime que persegue opositor, que faz eleição sem transparência, não é democrático", pontuou nesta quinta-feira, 26. O candidato é o quarto entrevistado da série de sabatinas realizadas pela TV Globo esta semana. 

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Ainda sobre o tema, Boulos declarou que irá trabalhar para que os refugiados de quaisquer países sejam acolhidos na capital paulista. "Nós vamos fazer um tratamento de acolhimento humanizado. Primeiramente com aulas de português, em segundo lugar com qualificação profissional para que eles se insiram no mercado de trabalho. [Vamos] facilitar a retirada do documento RNE [Registro Nacional de Estrangeiros]".  

Além de se impor contrário ao regime que governa a Venezuela, Boulos também declarou que seus concorrentes na corrida eleitoral deveriam estar preocupados com a democracia no Brasil. 

"Agora seria importante que os meus adversários, a mesma preocupação que [eles] têm em relação à democracia na Venezuela, tivessem tido no Brasil quando o [ex-presidente] Bolsonaro ficou ameaçando a urna eletrônica, tentou dar golpe no dia 8 de janeiro, e o Ricardo Nunes disse que foi só uma 'manifestaçãozinha'". 

Câmeras faciais 

O candidato explicou que não é contra o uso de câmeras de monitoramento facial na capital. Ele disse que, caso seja eleito, trabalhará para ampliar o projeto "Smart Sampa", no qual câmeras espalhadas pela cidade fazem reconhecimento facial e identificam situações de vandalismo, roubo e furtos. 

"A bancada do PSOL não foi contra a câmera, mas si contra o algoritmo usado pela empresa da câmera (...) tinha um algoritmo que acaba dando uma ostensividade especial para pessoas negras (...). O programa de câmeras será ampliado na cidade de São Paulo, sem preconceito", declarou.

Além disso, ele também pretende reunir o governo federal, o ministério da Justiça e o governo estadual para "resolver a crise de insegurança" na capital paulista. 

Entre suas propostas para a segurança pública da capital está o dobramento do efetivo da Guarda Civil Metropolitana (GCM), que hoje conta com 7.000 agentes.

Cracolândia

"A cracolândia [espaço no centro de São Paulo que reúne usuários de drogas] é um problema complexo, não é só de segurança pública. Você tem que ter operações para combater o tráfico. Uma coisa é o tráfico, outa coisa é o usuário. Não dá pra tratar do mesmo jeito", afirmou.

Entre as soluções propostas por ele para tratar dependentes químicos está a criação do CAPs móvel: "Um dependente químico não vai no CAPs marcar uma consulta. Você tem que ir até ele. [Vamos fazer] uma abordagem buscativa, com consultas nas ruas, pra gente pode tratar essas pessoas".  

Moradia

Em relação ao déficit de moradias em São Paulo, Boulos disse que fará políticas públicas para diminuir o número de ocupações: "Nós vamos ter o maior programa de moradia da cidade de São Paulo. Não é só fazer o teto. É poder garantir que quem está nas favelas tenha urbanização, (...) garantir regularização fundiária. Lutar para que as pessoas tenham um teto não deveria nem ser questão de esquerda ou direita, mas de humanidade".

Saúde

Para a área da saúde, o candidato declarou que pretende zerar a fila de exames. "Minha perspectiva é em um ano, com a implantação do Poupatempo da Saúde, reduzir isso na metade", disse. De acordo com ele, serão 16 unidades espalhadas por diversas regiões de São Paulo, incluindo as periferias e regiões mais afastadas do centro.

Quando questionado sobre a contratação de médicos para as áreas periféricas, Boulos afirmou que trabalhará em parceria com o governo federal para oferecer incentivos financeiros maiores a estes profissionais, além de reforçar a segurança por meio da GCM. 

Educação

Pegando gancho do Centro Educacional Unificado (CEU) criado durante a gestão da sua candidata à vice-prefeitura, Marta Suplicy, o candidato explicou que implantará o CEU para jovens acima de 15 anos com foco em profissionalização nas periferias da capital. Ele citou que estes centros ofertarão cursos nas áreas de audiovisual, design programação, entre outros.

Além disso, ele também planeja implementar educação integral em todas as escolas da rede municipal de São Paulo. "Em um turno, terá a formação normal, no outro, terá esporte, cultura, reforço. E todas as escolas [municipais] terão psicólogos", disse.  

Transporte

"Eu não vou deixar no meu governo empresa de ônibus mandar na cidade. (...) As empresas de ônibus estão ganhando com a superlotação, elas reduziram a viagem em 20% e estão recebendo quase o dobro. (...) Eu vou passar a limpo esses contratos e obrigar as empresas a colocarem a frota na rua", afirmou.

O candidato afirmou que, no seu plano de governo, os ônibus serão melhorados para oferecer mais conforto à população, além de ele "passar a limpo" os contratos com as empresas que atuam na capital. Outra proposta citada por Boulos é a expansão dos corredores de ônibus em São Paulo.

Emprego

Guilherme Boulos explicou que pretende levar mais empregos para as zonas periféricas da capital por meio da descentralização dos serviços. De acordo com ele, a prefeitura deverá reduzir o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) na periferia para que as empresas possam se instalar nessas regiões com maiores incentivos. "Eu vou estimular o emprego e ao mesmo tempo levar serviços públicos", completou.

Fonte: Redação Terra
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