Boulos mira em votos do Marçal e critica Tarcísio e Bolsonaro em plenária
Psolista também chamou Ricardo Nunes (MDB) de "prefeito laranja", mandado pelo governador e o ex-presidente
Em plenária convocada na noite desta quarta-feira, 9, o candidato à prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL), começou a desenhar uma estratégia para conquistar os votos soltos do Pablo Marçal (PRTB). Lotado com apoiadores ao ponto de ser quase impossível circular, no evento, foi pedido para que os eleitores engajassem mais, principalmente nas redes sociais e nas periferias - onde o voto foi disputado.
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Além da vice, Marta Suplicy (PT), estavam presentes lideranças políticas como a deputada federal Erika Hilton (PSOL), a ex-prefeita e deputada federal Luiza Erundina (PSOL) e a vereadora pelo PT Luna Zaratinni, entre outros. Também, o cantor Chico César marcou presença.
Em seu discurso, Marta disse ser necessário conquistar o voto indeciso. "Tem gente que não está decidida. Ela não é do contra e nem a favor. Cada um que saiu de casa nesse dia difícil tem muito trabalho para fazer", afirmou.
O vereador Eliseu Gabriel (PSB) foi ainda mais enfático ao citar os eleitores do Pablo Marçal, cujo apoio foi rejeitado pelo Ricardo Nunes (MDB). "Tem que conversar com eles, sem gritaria. Eles têm essa pegada empreendedora. Temos de dizer que eles vão poder melhorar de vida", disse.
Além da estratégia de conquistar o eleitor de Marçal, o psolista também criticou o adversário, assim como seus padrinhos políticos, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ele acusou Nunes de ser um “fantoche” de Tarcísio, sugerindo que o governador utiliza o prefeito para pavimentar uma candidatura à presidência em 2026. “Tarcísio, você não vai ser presidente em 26 porque nós vamos reeleger o Lula”, disparou o psolista, que também chamou o adversário de "prefeito laranja", "mandado pelos outros".
Boulos ainda afirmou que entre os "mandatários", estaria o ex-presidente, que não vai "colocar as garras dele na prefeitura de São Paulo. Bolsonaro foi responsável por indicar o vice de Nunes, o Coronel Mello Araújo (PL) e é um de seus principais apoiadores.