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Nunes critica Boulos por parecer sobre Janones; psolista repete estratégia de Marçal e provoca rival

No primeiro debate do segundo turno da eleição 2024, candidatos à Prefeitura de São Paulo trocaram ataques sobre 'rachadinhas'

14 out 2024 - 23h47
(atualizado em 15/10/2024 às 00h15)
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Ricardo Nunes e Guilherme Boulos no debate da Band
Ricardo Nunes e Guilherme Boulos no debate da Band
Foto: Aloisio Mauricio/FotoArena / Estadão

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) e o prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB) trocaram ataques de cunho pessoal com foco em 'rachadinhas', ao longo do primeiro debate do segundo turno das eleições 2024, promovido pela TV Bandeirantes, na noite desta segunda-feira, 14. 

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Adversários no pleito à Prefeitura de São Paulo, Boulos e Nunes iniciaram o debate discutindo a crise energética na capital, onde cerca de 360 mil imóveis estão sem luz 72 horas após o forte temporal que atingiu a Região Metropolitana, na última sexta-feira, 11. 

Ao fim do primeiro bloco, no entanto, o candidato à reeleição trouxe à discussão o parecer de Boulos para arquivar uma denúncia por rachadina contra o deputado federal André Janones (Avante-MG), diante do Comitê de Ética da Câmara dos Deputados. O parlamentar mineiro foi indiciado pela Polícia Federal em caso que acabou arquivado no Congresso. 

“Eu já disse que rachadinha para mim é crime. Eu nunca fiz rachadinha. Você fez a rachadinha das creches”, rebateu Boulos, antes de repetir estratégia usada pelo influenciador Pablo Marçal (PRTB) no primeiro turno, de acusar Nunes de receber um cheque, citando relatório da PF sobre a Máfia das Creches. 

“Existe acusação que você teria recebido um cheque. Você recebeu?”, questionou o deputado. Nunes, por sua vez, respondeu que os serviços prestados por suas empresas foram corretos e emitiram notas fiscais, emendando que não foi indiciado pela PF e não foi condenado a nada. 

“Não vai ser você que vai querer invadir a minha moral, porque você não tem moral pra isso. O que existe de recebimento é de serviços prestados. É que você não sabe muito bem o que é trabalhar”, provocou o atual prefeito, provocando aplausos do seus apoiadores presentes no estúdio da Band. 

Boulos finalizou afirmando que 'não há cabimento' no prefeito falar em trabalho depois da população ficar três dias sem luz: “Você não fez nada”. A reação também foi comemorada pela equipe do psolista. 

Boulos deixa púlpito e ‘encara’ Nunes, que evita contato visual em 1º confronto em debate na Band:

O que é 'Máfia das Creches'?

Em relatório, a PF descreve o tema como um "complexo esquema de desvio de valores públicos, inclusive verbas federais, que estaria sendo realizado por Organizações Sociais e Mantenedoras de Centros de Educação Infantil e creches que prestam serviços para a Prefeitura de São Paulo".

Em julho, a PF indiciou 117 pessoas por suspeitas de participação no esquema. Nunes não está entre os indiciados, mas foi alvo de um pedido da PF à Justiça para a abertura de um inquérito específico. A PF quer investigar a relação do atual prefeito, na época em que era vereador da cidade, com duas empresas envolvidas no esquema, a "Francisca Jacqueline Oliveira Braz Eireli" e a "Organização Social Associação Amiga da Criança e do Adolescente (Acria)".

No período investigado, a organização social Acria recebeu repasses de R$ 49.891.499,83 da Prefeitura paulistana. Esta organização social, por sua vez, fez transações com a empresa "Francisca Jacqueline Oliveira Braz Eireli".

A suspeita dos investigadores é de que "Francisca Jacqueline" seja uma empresa de fachada, ou "noteira", como são conhecidas, no jargão investigativo, empresas que não desempenham atividades autênticas e se destinam à emissão de notas fiscais para fins fraudulentos. No período investigado, a movimentação financeira da empresa "Francisca Jacqueline" foi superior a R$ 162 milhões.

Relação de Nunes com empresa investigada é 'suspeita', diz delegado

Além de identificar transações bancárias entre Nunes e a empresa "Francisca Jacqueline", os investigadores constataram que a presidência da Acria era ocupada por uma funcionária da empresa Nikkey, fundada por Ricardo Nunes e que, naquele momento, incluía membros da família do então vereador no quadro administrativo.

"É suspeita essa relação do então vereador Ricardo Luis Reis Nunes, atual Prefeito de São Paulo, com uma das principais empresas atuantes do esquema criminoso de desvio de verba pública do município de São Paulo, Francisca Jacqueline Oliveira Braz Eireli, que movimentou a quantia de R$ 162.965.770,02 no período do afastamento bancário, como também a Organização Social Associação Amiga da Criança e do Adolescente", diz no relatório da PF o delegado Adalto Ismael Rodrigues Machado, da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários.

O relatório da PF também aponta que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), braço da Receita Federal para investigar fraudes financeiras, "recebeu informações de movimentações atípicas nas contas de Ricardo Nunes e das empresas relacionadas, consideradas incompatíveis com a capacidade financeira do cliente".

Competência da investigação permanece em Vara paulistana

O inquérito da PF foi alvo de uma disputa pela competência de um eventual julgamento. A "competência", no jargão jurídico, refere-se ao órgão que está habilitado a apreciar determinado caso.

A defesa de Ricardo Nunes tentou deslocar a investigação para o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), que detém a competência sobre o julgamento de prefeitos. A Corte de segunda instância, no entanto, negou o pedido do emedebista e manteve o caso sob a alçada da 8ª Vara Federal Criminal de São Paulo. (*Com informações do Estadão Conteúdo)

Fonte: Redação Terra
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