Script = https://s1.trrsf.com/update-1731009289/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Campinas elege quatro vereadoras, um recorde

Uma delas, Mariana Conti (PSOL), recebeu 10.886 votos e se tornou a primeira mulher a ser campeã de votos na eleição para a Câmara Municipal

17 nov 2020 - 05h10
Compartilhar
Exibir comentários

CAMPINAS - Pela primeira vez, uma mulher foi a mais votada entre os 33 eleitos para a Câmara Municipal de Campinas. A vereadora Mariana Conti (PSOL), de 35 anos, teve 10.886 votos, após passar quatro anos como a única representante feminina na Casa. O marco veio acompanhado de um recorde de quatro mulheres eleitas para o Legislativo: além de Mariana, Débora Palermo (PSC), Guida Calixto (PT) e Paolla Miguel (PT).

Mariana Conti foi, nesta legislatura que termina, a 15ª mulher eleita para a Câmara Municipal em mais de 200 anos
Mariana Conti foi, nesta legislatura que termina, a 15ª mulher eleita para a Câmara Municipal em mais de 200 anos
Foto: Divulgação / Câmara Municipal de Campinas / Estadão

Anteriormente, o maior número de vereadoras na cidade havia sido de três, entre 1989-92 e 2005-08. "Ter sido a única mulher nesta Legislatura foi um vazio grande, ainda mais sendo de oposição, com ideias muito diferentes. Em momentos de embate eu sentia o machismo, às vezes davam a entender que eu não estava entendendo o tema", diz Mariana.

Segundo a vereadora, o reforço de representatividade feminina ajudará a quebrar tabus. "Eu era só a 15ª mulher eleita, em mais de 200 anos. Essa votação agora mostrou o anseio de uma Casa mais diversa, com mais mulheres, também mais mulheres negras", disse, fazendo referência às futuras companheiras Guida e Paolla. Formada em sociologia pela Unicamp, Mariana adota como bandeira política a atuação pela redução das desigualdades sociais.

Para Magali Mendes, integrante do movimento Promotoras Legais Populares, que auxilia mulheres a acessar direitos, a possibilidade de a Câmara ter uma presidente mulher ajudará a incluir novas discussões. "Essa representatividade é uma conquista pois são as mulheres que levam os filhos, maridos, aos postos de saúde, que na pandemia tiveram de lidar com a educação formal dos filhos. Ter quatro vereadoras, duas negras, é momento para que questões não pautadas, como direitos da mulher, problemas na saúde e cultura, questão racial, violência contra juventude, possam fluir", diz. "Espero que isso se reflita no secretariado de quem for eleito prefeito, que inclua mulheres em pastas importantes."

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade