Candidatos à Presidência começam a chegar para debate na reta final de campanha
Evento é realizado por Terra, SBT, Estadão/Eldorado, Nova Brasil FM, Veja e CNN Brasil, e será transmitido neste sábado, das 18h15 às 20h30
Os candidatos à Presidência da República começaram a chegar aos estúdios do SBT, em São Paulo, para participar do debate presidencial que será realizado na noite deste sábado, 24. Vão participar do debate candidatos de partidos que têm ao menos cinco representantes no Congresso.
Ciro Gomes (PDT) foi o primeiro a chegar, por volta de 16h50. Em entrevista a jornalistas, o candidato disse que todo voto deve ser útil, "para banir a corrupção do Brasil".
Ciro criticou a ausência no debate do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele falou que procura entender os motivos que levaram à eleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas últimas eleições, justificando que a população, em 2018, vivia um momento de crise econômica, alto desemprego e endividamento no governo petista.
"Bolsonaro tirou quase 70% dos votos do nosso amado povo brasileiro. Por que tinha uma longa biografia vistosa? Não, Bolsonaro era um deputado do baixo clero, já na data envolvido com micro corrupções [...]. A gente precisa entender com humildade, para respeitar o nosso povo, porque nosso povo votou", declarou.
O candidato Felipe D'Avila (Novo) chegou pouco depois das 17h10, acompanhado da esposa, Ana Maria Diniz. Questionado sobre sua estratégia, defendeu uma menor intervenção do Estado e criticou o serviço público, além de se posicionar contra o voto útil.
"É sempre bom perguntar 'voto útil pra quem'. Não é pro povo, é pra eles. O voto útil pro povo é o que vai livrar o Brasil da corrupção, do baixo crescimento econômico, do desemprego. O voto útil é pra livrar o Brasil justamente da política populista que esses candidatos pregam", afirmou
Soraya Thronicke (União Brasil) chegou por volta das 17h20 com o vice de sua chapa, Marcos Cintra. Aos jornalistas, explicou que pretende, caso eleita, equilibrar contas. "Os brasileiros estão preocupados em comer e pagar contas, a situação no país é caótica".
A candidata foi questionada a respeito da ausência de Lula e afirmou que o comparecimento ao debate é uma "obrigação" do candidato e um direito do eleitor.
Simone Tebet (MDB) chegou em seguida, por volta das 17h25 e, de pronto, foi questionada a respeito do voto útil. "É o voto consciente do eleitor, ele é o detentor do voto, é a soberania dele. (...) Essa é uma eleição de dois turnos, porque o eleitor sabe que precisa de mais tempo para avaliar as propostas".
"Aliás, me espanta quem prega o voto útil correr de um debate, de se expor e apresentar ao Brasil quais são suas propostas", citou, em referência à ausência de Lula no debate.
O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) chegou por volta das 17h30. Ele não poupou ataques ao seu principal oponente nestas eleições, chamando Lula de "presidiário" e comparando a ausência do petista ao debate ao fato de ele mesmo ter faltado a debates presidenciais nas eleições de 2018, quando foi alvo de uma facada.
Além disso, Bolsonaro criticou o pouco tempo disponível no debate para aprensentar suas próprias propostas de governo e que agiria com "urbanidade", mas que não pretende "aceitar provocação".
O último presidenciável a chegar ao debate foi o Padre Kelmon Luís (PTB), acompanhado de seu vice, o Pastor Gamonal. Ele concedeu entrevista por volta das 17h50.
Aos jornalistas, Padre Kelmon afirmou que cristão de todo o mundo estão sendo "perseguidos" e se posicionou contra o aborto.
Debate presidencial
Em reta final da campanha eleitoral, os candidatos à Presidência da República participam de mais um debate, com a transmissão ao vivo do Terra, em parceria com SBT, CNN Brasil, Nova Brasil FM, Estadão/Eldorado e Veja. Com a mediação do jornalista Carlos Nascimento, o evento será dividido em quatro blocos e acontecerá das 18h15 às 20h30.
Portanto, além dos líderes nas pesquisas eleitorais – Lula e Bolsonaro –, também foram convidados para o encontro Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (União Brasil), Felipe d'Avila (Novo) e Padre Kelmon (PTB).
Porém, a ausência da noite deverá ser a do candidato Lula, que alegou compromissos de campanha e falta de tempo para se preparar para o evento.