Candidatos ao governo de SP defendem "padrinhos" em debate
Eleição presidencial permeia encontro com postulantes ao Palácio dos Bandeirantes nas eleições 2018
Em debate promovido pelo "Estado", "TV Gazeta", "Jovem Pan" e "Twitter", os candidatos ao governo de São Paulo nas eleições 2018 saíram em defesa de seus padrinhos políticos ou dos candidatos à Presidência de seus partidos durante encontro realizado neste domingo (16).
João Doria (PSDB) defendeu o legado tucano em São Paulo de Geraldo Alckmin, candidato do partido à Presidência. Luiz Marinho, ao citar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cuja candidatura foi indeferida pelo TSE, disse que o candidato do PT ao Planalto, Fernando Haddad, vai para o "segundo turno".
Marcelo Cândido, do PDT, afirmou que o "debate PT/PSDB não criou soluções para o Estado", repetindo discurso do presidenciável de seu partido, Ciro Gomes.
Marcelo Tavares, do PRTB, disse que o candidato do PSL Jair Bolsonaro representa "a renovação" no Brasil - em São Paulo, o PSL apoia o PRTB, partido do vice de Bolsonaro, o general Hamilton Mourão.
Já Paulo Skaf, do MDB, afirmou que não tem "padrinho político" e foi questionado por Doria, seu principal concorrente na disputa, por que ele "esconde" o presidente Michel Temer de suas falas e programas eleitorais.
"Temer é seu padrinho e não sei por que esconder. É presidente de honra de seu partido. Alckmin é presidente do partido e é meu candidato. Não sei por que você esconde que é o candidato de Temer", disse o ex-prefeito de São Paulo.
"Eu nunca tive padrinhos na política", rebateu Skaf. "Entrei para servir. Não para ser servido. Isso não dá certo no Brasil. Sou candidato e se eu for eleito, quero mudar São Paulo", disse Skaf.
O governador Márcio França, do PSB, procurou travar um embate com Doria - o PSB não tem candidato à Presidência e, após acordo com o PT, optou pela neutralidade na esfera nacional. "Doria acelera, acelera, mas se não engatar, o carro não anda. Quanto São Paulo deve de precatórios? É importante responder. Tem que saber a dívida de São Paulo. Fale o número", disse França.