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Carlos Bolsonaro afirma que votos de Nunes vieram por apoio de seu pai à campanha: ‘Não do Tarcísio’

Vereador mais votado do Rio afirmou que há uma “estrutura montada para destruir o Bolsonaro”.

10 out 2024 - 13h13
(atualizado às 13h32)
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Carlos Bolsonaro foi o candidato a vereador mais votado no Rio de Janeiro
Carlos Bolsonaro foi o candidato a vereador mais votado no Rio de Janeiro
Foto: Dida Sampaio/Estadão / Estadão

“Acredito que os votos que foram para o [Ricardo] Nunes tenham vindo do meu pai, não do Tarcísio [de Freitas]”, afirmou o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, ao rebater as críticas da atuação do ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL), na campanha do atual prefeito de São Paulo e candidato a reeleição. A informação é da colunista do UOL, Letícia Casado. 

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O parlamentar reeleito em seu sétimo mandato bateu o próprio recorde, com 130.480 votos, tornando-se o político com maior votação entre todos os candidatos ao cargo na história da capital fluminense.

Na entrevista, ele fez uma avaliação sobre o desempenho de Nunes, que chegou ao segundo turno e agora vai enfrentar o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, no 2º turno. O filho 02 de Bolsonaro credita ao pai os votos que o mdbista recebeu no último domingo, 6, e não ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. 

“Até porque se meu pai apontasse e falasse: ninguém escuta Tarcísio, o Tarcísio não ia ter poder. A diferença de votos ali [entre Nunes e Boulos] foi muito pouca de um para o outro”, declarou. 

O vereador ainda diz que há uma tentativa “gigantesca” de fazer com que Tarcísio “se sinta o cara” para afastar seu pai, e que as pessoas desconfiam disso. “Mas acredito que no final alguma coisa pode mudar e o sistema quebrar a cara de novo”. Segundo o parlamentar, o governador de São Paulo e o ex-presidente se dão muito bem, mas que há uma “estrutura montada para destruir Bolsonaro”.

“Eles aceitam qualquer um que não seja o Bolsonaro. Isso foi deixado bem claro nas eleições de 2022”, apontou. 

Ao ser questionado sobre a ausência do pai em atos da campanha de Nunes, Carlos justificou que o ex-presidente rodou o Brasil para fortalecer a base em outras cidades do País, visando 2026, quando ocorre a eleição para presidente. Na sua visão, esse movimento fez com que candidatos se elegessem e fossem para o segundo turno, o que talvez não ocorresse caso Bolsonaro não os tivesse apoiado. 

“Você tem que ocupar outros espaços também. Sua vida não se decide só em São Paulo. Ele [Jair] teve essa leitura. Não se furtou em nenhum momento a falar que estava apoiando Nunes, mas é sempre a cobrança de que tinha que ter feito mais”, ressaltou. 

Carlos alegou que se o pai “ficar quieto” agora no segundo turno em São Paulo, “naturalmente os votos do Marçal vão acabar indo para Nunes”, e que atribuir isso a outra pessoa “não é certo”. 

“O sistema vai falar que foi Tarcísio que botou [Nunes no segundo turno]. Mas quem era Tarcísio? Com todo respeito ao governador, tenho uma grande admiração por ele. Quando o meu pai falou que ele tinha chance de ser governador de São Paulo, ele falou: mas sou carioca, torcedor do Flamengo, o que vou fazer lá? E foi eleito governador de São Paulo. Falar que foi mérito exclusivo dele, pelo amor de Deus. Ele faz parte de tudo que está acontecendo”, reforçou. 

Quanto à Pablo Marçal (PRTB), Carlos disse que o ex-coach inventou que ele seria responsável por barrar apoio do ex-presidente, e que “vive de factoides”. Segundo ele, o influenciador teria anunciado apoios que não existiam. 

“A verdade é que eu não admitiria em momento nenhum, principalmente em 2022, um cara que até um mês atrás estava dizendo que seu pai é igual ao Lula. Aquilo me deixou irritado. Conversei com meu pai, as atitudes foram dele. Não impedi nada, como nunca impeço nada. Acredito que ele fala isso porque tem que criar fatos para ficar na mídia, e a gente dá mídia”, afirmou. 

Carlos aponta que com essas atitudes, Marçal perde o “alinhamento” que diz ter com as pautas de Bolsonaro e a extrema-direita. “Nunca demonstrou, nunca teve manifestação para a liberdade dos presos políticos em Brasília. Nunca participou de nada efetivamente que levasse a direita adiante”, destacou. 

No entanto, ele não descartou uma reaproximação no futuro. “Pelo tempo que a gente tem na política, a gente entende hoje em dia que tem que construir e não ficar destruindo simplesmente por destruir, para ter vantagens próprias e chegar lá na frente e você não ter benefício nenhum — inclusive para quem votou em você. Isso que afastou o Pablo da gente. Tinha tudo para poder se dar bem, talvez até aconteça no futuro uma aproximação. Ninguém sabe”.

Fonte: Redação Terra
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