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Carlos Bolsonaro sela paz com Pablo Marçal, que o chamou de 'imbecil', em reaproximação na direita

Empresário revelou, em entrevista ao Flow, que o deputado federal Nikolas Ferreira intermediou ligação entre ele e o filho do ex-presidente, que deixou um 'fraterno abraço a Pablo'; ex-presidente Jair Bolsonaro abriu as portas para que o ex-coach participe de ato no 7 de setembro

28 ago 2024 - 21h42
(atualizado às 21h48)
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O vereador do Rio Carlos Bolsonaro e o candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal
O vereador do Rio Carlos Bolsonaro e o candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal
Foto: Dida Sampaio/Estadão e Tiago Queiroz/Estadão / Estadão

O vereador do Rio de Janeiro e candidato à reeleição Carlos Bolsonaro (PL) conversou por telefone com Pablo Marçal (PRTB), candidato à Prefeitura de São Paulo, na noite desta quarta, 28 em sinal de reaproximação entre figuras da direita. Em seu perfil no X, antigo Twitter, o filho de Jair Bolsonaro (PL) disse que o empresário foi "educado e bacana" na conversa. "Expusemos nossos pontos e fico feliz em ter a consciência que queremos rumar nas mesmas direções quando falamos de Brasil", escreveu.

"Falamos sobre o 7 de setembro, censura e tudo que o país vem atravessando já há muito tempo. Outro ponto focal em que fiz questão de frisar é que não existe a formação de um gabinete direcionado para nenhum tipo de ação e que ambos sofremos cobranças naturais no processo em que estamos dispostos a atravessar e o sentimento que as pessoas têm quando esse assunto é abordado", publicou Carlos.

A reaproximação entre Marçal e a ala bolsonarista acontece no mesmo dia em que a pesquisa Quaest apontou empate triplo entre o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e o empresário. Boulos lidera, com 22% de menções no cenário estimulado. Marçal está empatado numericamente com Nunes, o candidato oficial de Bolsonaro, ambos com 19%. Como a margem de erro é de três pontos porcentuais, os três estão em empate técnico.

Em entrevista ao Flow Podcast, também nesta quarta, 28, Marçal revelou que quem intermediou a ligação entre os dois foi o deputado federal Nikolas Ferreira (PL). "Hoje foi a primeira vez que eu falei com ele (Carlos Bolsonaro) no telefone. Eu liguei pra ele. Na verdade, um amigo nosso, o Nikolas, me ligou e falou: 'você topa falar com ele?'. Colocou na videochamada e a gente resolveu nosso problema. Tá resolvido", disse o ex-coach.

Em seus perfis nas redes sociais, Nikolas confirmou a informação; "Vi um conflito sem sentido começando, com o qual ninguém ganharia, e me envolvi pra apaziguar a situação. Acredito que precisamos focar no inimigo em comum: a esquerda. Que São Paulo e outras capitais do país façam a escolha que fortalecerá o Brasil e os brasileiros."

Carlos finaliza a publicação deixando um "fraterno abraço a Pablo e que saíamos todos mais fortes para um Brasil que os Brasileiros desejam". Na sexta-feira, 23, depois do vereador carioca declarar que "consideraria Marina Helena (Novo) como uma possibilidade de voto", o candidato do PRTB chamou o filho do ex-presidente de "retardado mental" e "imbecil" em vídeo publicado em seu Instagram. Ele ainda afirmou que o vereador pelo Rio que 'não tem escrúpulos".

Bolsonaro diz que 'qualquer candidato' a prefeito de São Paulo pode ir aos atos de 7 de Setembro

Além desse, um outro aceno à Marçal, desta vez pelo próprio ex-presidente Jair Bolsonaro, foi feito na noite desta quinta, 28. No perfil do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), o antigo mandatário diz que as manifestações organizadas para 7 de Setembro são um movimento suprapartidário e "como um candidato a prefeito queria comparecer, nós autorizamos, assim como qualquer outro candidato a prefeito da capital está autorizado a subir no carro de som também."

Bolsonaro não cita o nome de nenhum candidato - nem de Nunes, que é apoiado oficialmente pelo político do PL, nem do ex-coach. Ele ainda reforça que não será um ato político, mas sim "patriótico". Na última quinta, 22, a Folha de S.Paulo revelou que o pastor Silas Malafaia, que organiza os atos no dia da Independência contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, disse que a manifestação "não é lugar" para Pablo Marçal.

Estadão
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