Cármen Lúcia condena violência e pede que partidos "tomem tenência"
Fala da presidente do TSE ocorre um dia após o episódio de agressão durante debate dos candidatos à Prefeitura de São Paulo
A ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), condenou os recentes episódios de violência na campanha eleitoral durante o seu discurso de abertura da sessão desta terça-feira, 24.
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A fala da ministra ocorreu um dia após o videomaker de Pablo Marçal (PRTB) ter desferido um soco no rosto do marqueteiro de Ricardo de Nunes (MDB), em mais um episódio da escalada da violência política entre candidatos à Prefeitura de São Paulo.
Cármen pediu que partidos e candidatos se deem ao respeito e "tomem tenência" contra "cenas de pugilato, desrazão" que contaminaram o debate político no Brasil.
"Comunico aos eleitores e eleitoras brasileiros que estou encaminhando ofício à Polícia Federal, ao Ministério Público Federal e aos presidentes dos três poderes, para que deem celeridade, efetividade e prioridade às funções que exercem de investigação, acusação e julgamento de todos os que cometem atos contrários ao direito eleitoral e que agridam a cidadania", iniciou Cármem.
"Política não é violência. É a superação da violência. A violência praticada no ambiente da política desrespeita não apenas o agredido, mas toda a sociedade, a própria democracia", ressaltou a ministra. Na sequência, ela destacou que cenas de violência contra pessoas e instituições vêm ocorrendo "por despreparo, descaso ou tática ilegítima e desqualificada de campanhas", rebaixam a política a "cenas de pugilato, desrazão".
"Há que se exigir, em nome do eleitorado brasileiro, que candidatos e seus auxiliares de campanha deem-se ao respeito. E, se não se respeitam, respeitem a cidadania brasileira, pois ela não está à mercê de cenas e práticas que envergonham e ofendem a civilidade democrática. Há que conclamar também os partidos políticos a que tomem tenência", afirmou a presidente do TSE.