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Chapa de Covas indica acordo pela presidência da Câmara

Escolha de vice do MDB faz parte de costura nacional que prevê apoio à candidatura de Baleia Rossi para o lugar de Rodrigo Maia

13 set 2020 - 05h11
(atualizado às 08h30)
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A campanha pela reeleição do prefeito Bruno Covas começou a ser articulada em fevereiro do ano passado na casa do então chefe de gabinete do governador João Doria (PSDB), Wilson Pedroso, atual coordenador da campanha.

João Doria posa com Bruno Covas e Ricardo Nunes
João Doria posa com Bruno Covas e Ricardo Nunes
Foto: Taba Benedicto / Estadão

Também faziam parte do grupo o marqueteiro Felipe Soutelo, o secretário da Casa Civil, Orlando Faria, o secretário geral do PSDB, Carlos Alberto Balotta, e o secretário de Saúde, Edson Aparecido. Mais tarde o presidente municipal do PSDB, Fernando Alfredo, se juntou.

Naquele momento, Covas, apesar de prefeito, ainda era um nome desconhecido do eleitorado, não tinha uma vitrine para apresentar na campanha e era surpreendido com o fogo amigo de aliados. A descoberta de um câncer agressivo no dia 28 de outubro interrompeu as articulações, mas gerou uma onda de solidariedade e empatia que tornou o tucano amplamente conhecido do eleitor paulistano.

A candidatura de Covas começou a ganhar musculatura conforme o presidente Jair Bolsonaro foi ampliando seu arco de adversários e desafetos. Potencial pré-candidato ao Palácio do Planalto em 2022, Doria entrou em cena e assumiu pessoalmente a articulação com o DEM e o MDB, duas siglas que estão na sua base no estado.

Apesar da pressão de tucanos pela formação de uma chapa pura, Covas optou pela escolha do vereador Ricardo Nunes (MDB) como seu candidato a vice. Era parte de um acordo nacional. Os tucanos e o DEM vão apoiar a candidatura do deputado Baleia Rossi, presidente nacional do MDB, à presidência da Câmara em 2021 em uma disputa contra o centrão, que terá o apoio do Palácio do Planalto.

O DEM, por sua vez, recebeu a promessa de apoio do PSDB para Rodrigo Garcia concorrer ao governo do Estado em 2022. No cenário atual, ele assumiria após Doria se descompatibilizar para disputar o Palácio do Planalto.

Depois de votar na convenção do PSDB ontem, Doria disse que a aliança do seu partido com DEM e MDB representa a indicação de um "centro democrático e liberal" que "sabe dialogar com a esquerda e a direita".

Estadão
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