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Checamos a entrevista de Bolsonaro ao Jornal Nacional

22 ago 2022 - 22h17
(atualizado em 23/8/2022 às 07h34)
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Jair Bolsonaro foi o primeiro entrevistado do Jornal Nacional
Jair Bolsonaro foi o primeiro entrevistado do Jornal Nacional
Foto: Reprodução/Globo

Primeiro entrevistado na sequência de encontros do Jornal Nacional com presidenciáveis, o candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), disse nesta segunda-feira (22) que não "xingou" ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), o que é falso. Bolsonaro também mentiu ao dizer que o governo federal agiu rapidamente para conter a onda de casos e mortes por Covid-19 em Manaus. Aos Fatos está checando em tempo real as declarações do presidente ao programa da TV Globo.

As análises são publicadas à medida que as apurações, conduzidas por repórteres e editores, ficam prontas. O conteúdo publicado pode ser modificado nas horas seguintes ao programa para inclusão de informações. Aos Fatos está aberto a contestações da assessoria de imprensa do candidato e registrará o outro lado caso necessário.

Selo falso

"Você não está falando a verdade quando fala em xingar ministro. Isso não existe."

É FALSA a afirmação de que Bolsonaro nunca xingou ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Aos Fatos identificou xingamentos a pelo menos dois magistrados: Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. Durante a manifestação do dia 7 de setembro de 2021, o presidente chamou Moraes de “canalha”. O xingamento foi repetido em julho de 2022 após o ministro prorrogar o inquérito que investiga as milícias digitais. Em relação a Barroso, Bolsonaro se referiu ao magistrado como “filho da puta” no dia 6 de agosto de 2021. Dias antes, ele já havia chamado o ministro de “criminoso” e “mentiroso” por suas posições contra o voto impresso.

Fontes: Poder 360 e UOL

Selo falso

"Menos de 48h cilindros começaram a chegar em Manaus"

O então governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), alertou o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello que a falta de cilindros de oxigênio em Manaus era grave no dia 6 de janeiro de 2021. A distribuição efetiva de cilindros e a transferência dos doentes para outros hospitais ocorreu apenas a partir do dia 14, quando a crise ganhou projeção nacional. Dias antes, em 11 de janeiro, Pazuello esteve na cidade e promoveu o uso de medicamentos ineficazes contra a Covid-19.

Fontes: Aos Fatos e Folha de S.Paulo

Selo falso

"Não é verdade… [que Manaus ficou uma semana sem oxigênio]"

Passaram-se oito dias entre o primeiro aviso sobre o colapso do sistema de saúde em Manaus, em 6 de janeiro de 2021, e a distribuição efetiva de cilindros de oxigênio, no dia 14. No dia 6, o ex-ministro Eduardo Pazuello recebeu em Brasília o então governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), que afirmou que a cepa do novo coronavírus descoberta na capital do estado poderia aprofundar ainda mais a crise de saúde. No dia 14, começaram a chegar os cilindros em quantidade suficiente para resolver o problema de oxigênio para as pessoas internadas nas unidades de saúde.

Fontes: Aos Fatos e Folha de S.Paulo

Selo falso

"Menos de 48 horas cilindros começaram a chegar em Manaus"

O governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), alertou o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello que a falta de cilindros de oxigênio em Manaus era grave no dia 6 de janeiro de 2021. A distribuição efetiva de cilindros e a transferência dos doentes para outros hospitais ocorreu apenas a partir do dia 14, quando a crise ganhou projeção nacional. Dias antes, em 11 de janeiro, Pazuello esteve na cidade e promoveu o uso de medicamentos ineficazes contra a Covid-19.

Fontes:Aos Fatos e Folha de S.Paulo

Selo falso

"Nova York que fala isso aí…[que mais pessoas foram infectadas pela Covid-19 em casa]"

Bolsonaro distorce informações de uma apresentação feita em 6 de maio de 2020 pelo então governador de Nova York, Andrew Cuomo. Na ocasião, Cuomo afirmou que 84% de um grupo de 1.289 recém-internados em hospitais do estado declararam que, antes de contraírem a Covid-19, evitavam sair de casa cotidianamente. O dado, contudo, não indica onde essas infecções aconteceram. Além disso, o governador não usou os números da apresentação para negar a eficácia do distanciamento social no estado, mas para reforçar a orientação de que mesmo quem estava em isolamento deveria se precaver.

Fontes: Aos Fatos e Governo de NY

Selo falso

"O trabalho essencial, eu falei: deve ser todo aquele necessário para o homem ou a mulher levar o pão para dentro de casa. A própria OMS concordou comigo naquela questão."

Bolsonaro distorce uma declaração dada pelo diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Ghebreyesus, sobre medidas restritivas durante a pandemia. Em 30 de março de 2020, Ghebreyesus afirmou que os governantes deveriam considerar os impactos sociais e econômicos do confinamento sobre os mais pobres, e ponderou a necessidade de cada país encontrar soluções para evitar que parte da população ficasse desassistida. Em nenhum momento, no entanto, o executivo defendeu o fim ou o relaxamento das medidas de restrição de atividades. Bolsonaro já repetiu essa alegação falsa ao menos 15 vezes.

Fontes: Aos Fatos e Twitter Tedros Ghebreyesus

Selo falso

"Eu não errei nada do que eu falei [sobre a pandemia]"

Ao longo da pandemia de Covid-19, Bolsonaro deu várias declarações que se provaram erradas sobre a gravidade da doença, as medidas de proteção e a eficácia das vacinas. Ele defendeu o uso de medicamentos que não se mostraram eficazes contra a doença, como a hidroxicloroquina e a ivermectina. O presidente também foi contra o uso de máscaras e a adoção do isolamento social, medidas que a ciência demonstrou serem eficientes para conter a transmissão do vírus. O mandatário ainda afirmou diversas vezes que as vacinas aprovadas para uso no Brasil eram experimentais. Todos os imunizantes aplicados no país passaram por três fases de testes, quando tiveram segurança e eficácia comprovadas.

Fonte: Aos Fatos

Selo falso

"A Amazônia é do tamanho da Europa Ocidental"

Na realidade, a área ocupada pela Amazônia Legal (5 milhões de km²) é bastante superior à da Europa Ocidental (cerca de 1 milhão de km²). 

Fontes: Aos Fatos e IBGE

Selo falso

"Eu não aceitei pressões de lugar nenhum para escalar ministros"

Acordos com a bancada ruralista fizeram com que Tereza Cristina (PP-MS) se tornasse ministra da Agricultura, e Ricardo Salles (PL-SP), do Meio Ambiente. A bancada evangélica emplacou Damares Alves (Republicanos-DF), que é pastora, no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Em meados de 2020, para se aproximar dos partidos do Centrão, Bolsonaro nomeou Fábio Faria (PP-RN) para as Comunicações. Em 2021, trouxe Ciro Nogueira (PP-PI) para a Casa Civil e João Roma (PL-BA) para a pasta da Cidadania.

Fonte: Aos Fatos

Selo falso

"Como que você diz que [as urnas] são auditáveis, se em 2014 não aconteceu isso?"

É FALSO que não seja possível fazer auditoria nas eleições brasileiras. A Justiça Eleitoral permite que os sistemas de votação sejam requisitados para análise e verificação a qualquer momento. Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), é possível fazer auditorias antes e depois da eleição, dos códigos-fonte do sistema da urna eletrônica e da votação, por meio dos boletins de urna, que neste ano serão divulgados na internet no mesmo dia da apuração. As máquinas têm elementos que possibilitam a auditoria eletrônica: o Registro Digital do Voto, que tem a função de recuperar os sufrágios para recontagem eletrônica, caso seja necessário, e o log da urna eletrônica, arquivo do registro cronológico de todas as operações realizadas pelo software da máquina. Para embasar a alegação falsa, Bolsonaro usa o resultado de uma auditoria solicitada pelo PSDB, em 2014, para averiguar o resultado da eleição presidencial daquele ano, que concluiu não ter havido fraude.

Fontes: TSE 1TSE 2 e TSE 3

Selo falso

"Diferente de 2014 e 2015, que tivemos uma perda de quase 3 milhões de empregos no Brasil.'

É FALSO que o Brasil tenha perdido quase 3 milhões de empregos entre 2014 e 2015, no governo Dilma Rousseff (PT). Segundo o Rais (Anuário Estatístico da Relação Anual das Informações Sociais), do Ministério do Trabalho e Previdência, o saldo de carteiras assinadas nos anos citados foi, respectivamente, positivo em 623.077 vagas e negativo em 1.510.703. Logo, ao longo de 2014 e 2015, foram perdidos 887.626 postos de trabalho, não 3 milhões, como afirmou Bolsonaro.

Fonte: Rais

Selo não é bem assim

"Nós pegamos 2020, 2021, e tivemos um saldo positivo de quase 3 milhões de empregos no Brasil."

Segundo os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência, foram geradas 2.771.628 vagas de trabalho no mercado formal em 2021. Em 2020, no entanto, não houve saldo positivo: foram fechados 192.746 postos. Foram criados no total, portanto, 2.578.882 milhões de empregos, um número menor do que o citado por Bolsonaro.

Fontes: Aos Fatos

Selo falso

"Criamos o Pix tirando dinheiro de banqueiros'

O Pix foi lançado durante o governo Bolsonaro, em novembro de 2020, mas a sua criação remonta a 2016, quando esse método de pagamento foi anunciado e começou a ser desenvolvido pelo BC (Banco Central). Na época, o presidente era Michel Temer (MDB). Além disso, não é possível atestar que o Pix tirou dinheiro dos bancos. Apesar de terem deixado de arrecadar com tarifas de transações como DOC e TED, o lucro das instituições não parou de crescer. Em 2021, os quatro maiores bancos do país lucraram R$ 81,63 bilhões, o maior valor nominal registrado desde 2006 e o quarto maior em números corrigidos pela inflação. O lucro do primeiro trimestre de 2022 também aponta tendência de alta.

Fontes: Aos Fatos e UOL

Selo falso

"Nós estamos num governo sem corrupção."

Bolsonaro repetiu ao menos 216 vezes desde o início do mandato essa declaração, que é FALSA, pois integrantes e ex-integrantes de seu governo são alvos de investigações e denúncias de casos de corrupção e outros delitos ligados à administração pública. Em junho de 2022, a Polícia Federal prendeu preventivamente o ex-ministro Milton Ribeiro por suposto envolvimento em um esquema de liberação de verbas do Ministério da Educação. Ribeiro é investigado por prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência e foi liberado por meio de um habeas corpus.

O relatório da CPI da Covid-19 no Senado também pediu o indiciamento de Bolsonaro e seis ministros e ex-ministros por crimes como prevaricação, emprego irregular de verbas públicas, falsificação de documento particular e charlatanismo.

Por fim, atuais e antigos integrantes do governo são investigados pela Polícia Federal ou pelo Ministério Público por suspeitas de corrupção, como o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP); Ricardo Salles (PL), ex-titular do Meio Ambiente; o deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PL), que comandou a pasta do Turismo; e Fabio Wajngarten, que chefiou a Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social).

Fontes: Aos Fatos 

"Eu tentei nos primeiros dois anos de mandato fazer a regulação fundiária. Para saber, por exemplo, qualquer local desmatado ou com foco de calor de quem é um CPF daquela propriedade. O presidente da Câmara não colaborou para votar essa proposta avante."

Bolsonaro se refere ao projeto de lei 2.633/2020, apresentado pelo deputado Zé Silva (SD-MG), que trata da regularização fundiária. Ele afirma que essa medida permitiria determinar a origem de focos de incêndio e responsabilizar os culpados, o que não é amparado por documentos oficiais. O texto, na verdade, amplia o tamanho das propriedades que podem ser regularizadas sem vistoria prévia e prevê que essas terras passem a ser vistoriadas caso a propriedade seja alvo de termo de embargo ou de infração ambiental, lavrado pelo órgão ambiental federal.

Apesar de o projeto definir parâmetros de respeito ao meio ambiente para a regularização de terras, não é possível afirmar que a legislação ajudaria a identificar autores de crimes ambientais. O projeto foi aprovado na Câmara com alterações, em 3 de agosto de 2021, e segue em tramitação no Senado.

Fontes: Aos FatosCâmara

Selo falso

"Anistiamos a dívida de 90% de jovens junto ao Fies"

A declaração de Bolsonaro é FALSA, pois a parcela de devedores que tiveram as dívidas perdoadas em até 99% do valor corresponde a apenas 17% do total. A Lei 14.375, que permite a renegociação dos débitos de estudantes inadimplentes que aderiram ao Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) até o segundo semestre de 2017, determina descontos de até 99% apenas aos que são devedores há mais de 360 dias e recebem benefícios sociais do governo, que correspondem, segundo cálculo do MEC (Ministério da Educação), a cerca de 17% dos 1 milhão de jovens que podem ser impactados pela medida.

Os estudantes que têm débitos vencidos há mais de 90 dias da publicação da medida terão desconto de até 12% do valor total devido. Já os que possuem dívidas não quitadas há mais de 360 dias, mas que não estão inscritos nos programas sociais do governo, recebem descontos de até 77% da dívida. Juros e multas serão perdoados e há a possibilidade de pagamento em até 150 meses. O valor médio da dívida estudantil é de R$ 34.800, de acordo com informações do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação).

Fontes: Poder360  e Planalto

Selo falso

"O pantanal sul-matogrossense é comum pegar fogo de forma espontânea."

Especialistas no bioma afirmam que não são comuns os incêndios naturais – também chamados de combustões espontâneas - na região. Kenny Tanizaki, professor de Ciências da Natureza da UFF (Universidade Federal Fluminense), explica que os incêndios naturais são raros no Pantanal e que a origem mais comum é a limpeza do terreno por meio do fogo e a conversão de áreas nativas em pastagens. Ao portal Terra, o pesquisador do SOS Pantanal Felipe Dias afirmou em 2019 que 99% dos incêndios no bioma são de origem humana. “Começa com uma ação do homem e, depois, fatores como a falta de umidade, o calor e o vento se incumbem de espalhar”.

Fontes: UFF e Terra

Selo falso

"Eu indiquei ministros por critério técnico"

Além de membros do governo terem sido escolhidos por critérios políticos, nem todos eram formados ou tinham experiência na área de atuação da pasta a que foram designados. Gilson Machado (PL-PE), ministro do Turismo até março deste ano, é veterinário e produtor rural, e o seu maior vínculo com o setor turístico era o fato de ser proprietário de pousada em Alagoas. João Roma (PL-BA), que chefiou o Ministério da Cidadania também até março, é deputado federal e foi alçado ao cargo após um acordo com o Republicanos, seu então partido. Abraham Weintraub (PMB-SP), ex-titular da Educação, era economista e professor da Unifesp, com produção acadêmica voltada à Previdência Social. Já Eduardo Pazuello (PL-RJ), terceiro ministro da Saúde de Bolsonaro, era general do Exército e atuava na área logística.

Fontes: Aos Fatos e Valor

Selo falso

"No meu tempo não era Centrão."

O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi eleito para a Câmara dos Deputados em 1990, quando já existia um bloco parlamentar chamado de “Centrão”, formado na Assembleia Nacional Constituinte de 1987–1988, termo usado inclusive pelos jornais da época. Esse bloco contava com parlamentares de diversos partidos, entre eles o PDC (Partido Democrata Cristão), ao qual Bolsonaro era filiado na época. O próprio presidente afirmou, em julho de 2021, em entrevista à rádio Banda B, de Curitiba, que integrava o bloco. “Eu sou do Centrão. Eu fui do PP metade do meu tempo. Fui do PTB, fui do então PFL”, disse. Na mesma entrevista, Bolsonaro defendeu o grupo e disse que as pessoas começaram a tratar o “Centrão como algo pejorativo, algo danoso à nação. Não tem nada a ver, eu nasci de lá”.

Fontes: Jornal do Brasil  G1 e El País

Selo não é bem assim

"Outra coisa: a Pfizer não apresentou os efeitos colaterais."

Ao tentar justificar o motivo de ter atrasado a compra de vacinas contra a Covid-19 da Pfizer, o presidente diz que a empresa não havia apresentado quais eram os efeitos colaterais do imunizante. No entanto, o estudo de fase três, cujo objetivo é demonstrar a eficácia da substância analisada, foi publicado ainda em dezembro de 2020 e contava com a relação de eventos adversos observados. A vacina obteve o registro definitivo da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em fevereiro de 2021. Após a autorização, foi publicada a bula da vacina, que também contém informações sobre efeitos adversos. O governo federal, no entanto, assinou o primeiro contrato com a empresa somente em março daquele ano. A Pfizer havia enviado oito propostas para o Brasil entre agosto e dezembro de 2020, além de uma nona tentativa em fevereiro de 2021.

Fontes: Aos Fatos,  NEJM e Senado

Selo falso

"Conseguimos a transposição do São Francisco, que estava parada desde 2012."

Não é verdade que as obras da transposição do São Francisco ficaram paradas de 2012 até 2019, quando Bolsonaro assumiu a Presidência. Esse foi o ano estimado para a conclusão das obras, ainda no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas os prazos foram estendidos para 2014 e depois para 2015, ano em que a então presidente Dilma Rousseff (PT) entregou a primeira estação de bombeamento no Eixo Norte. Em 2017, a gestão de Michel Temer (MDB) entregou o Eixo Leste.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento Regional, em novembro de 2018, dois meses antes de Bolsonaro assumir, faltava entregar apenas o trecho final do Eixo Norte, que estava 92,5% pronto. O governo anunciou que irá retomar o projeto original da transposição, que inclui mais 200 km de obras, e adicionar 3.000 km de canais e adutoras auxiliares.

Fontes: Aos Fatos

Selo falso

"Hoje, muitos países já falam que o lockdown foi um erro."

É FALSO que autoridades de diversos países afirmaram que as medidas de isolamento adotadas durante a pandemia de Covid-19 foram um erro. Em buscas na imprensa, Aos Fatos não encontrou qualquer declaração do tipo. Em junho de 2020, no entanto, o epidemiologista responsável pela estratégia de enfrentamento da pandemia na Suécia — que não adotou medidas de restrição tão severas e foi citada como referência por Bolsonaro à época — admitiu que ter ido na contramão do mundo pode ter causado mais mortes no país. O isolamento foi apontado por diversos estudos científicos como uma forma eficaz de conter a transmissão da Covid-19. Em julho de 2020, por exemplo, o British Medical Journal publicou uma pesquisa que mostrou que a abordagem levou a uma diminuição média de 13% na incidência de Covid-19 em 149 países ou regiões.

Fontes: Aos Fatos e Poder 360

Selo falso

"Você falou ministro? Foi um ministro específico [xingado pelo presidente]. Está refeita aqui a dúvida?"

Após ser desmentido pelo apresentador William Bonner, por ter dito que nunca havia xingado ministros do Supremo, Bolsonaro afirma que só ofendeu “um ministro específico”, o que também não é verdade. Além de chamar Alexandre de Moraes de “canalha” em um discurso em São Paulo (SP), Bolsonaro também xingou o ministro Luís Roberto Barroso de “filho da puta”, ao conversar com apoiadores na cidade de Joinville (SC), em 6 de agosto de 2021. O vídeo foi postado nas redes sociais oficiais do presidente e, depois, apagado.

Fontes: Poder 360 e Estado de Minas

Selo falso

"O Brasil preserva dois terços, 66% da sua área verde."

De acordo com a Embrapa Territorial, o Brasil possuía, em 2019, 66,3% da vegetação nativa preservada, o que totaliza uma área de 632 milhões de hectares.

Fonte: Embrapa

Selo falso

"Nós somos o sétimo país mais digitalizado do mundo."

Bolsonaro faz referência ao ranking elaborado pelo Banco Mundial no estudo GovTech Maturity Index, publicado em setembro de 2021. Na pesquisa, que avalia a qualidade dos serviços digitais oferecidos pelo poder público de 198 países, o Brasil aparece na sétima posição geral, com índice de 0,92. O país perde para Coreia do Sul, Estônia, França, Dinamarca, Áustria e Reino Unido.

Fonte: Poder 360

Selo falso

A presidente da OMC disse há dois meses, três meses atrás, que o mundo sem o agronegócio do Brasil passa fome.

Em encontro com a bancada ruralista em Brasília no dia 18 de abril, Ngozi Okonjo-Iweala, diretora-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), disse: “Eu sei que o mundo não sobrevive sem a agricultura brasileira. Precisamos pensar nos desafios futuros, não só do Brasil, mas do mundo todo”.

Fonte: Aos Fatos

Aos Fatos
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