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Ciro critica atos promovidos por Bolsonaro: 'Desavergonhado comício eleitoral'

Pedetista disse que houve outras 'transgressões políticas, institucionais e morais seríssimas' neste 7 de Setembro

7 set 2022 - 19h26
(atualizado às 19h56)
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BRASÍLIA - O ex-governador Ciro Gomes (PDT), candidato a presidente da República, criticou nesta quarta-feira, 7, em Ouro Preto (MG), durante ato de campanha, o tom adotado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, em seus discursos feitos em Brasília e Rio de Janeiro, nas comemorações do Bicentenário da Independência. Para Ciro, a data deveria ser uma comemoração sobre a pátria e cidadania. Mais cedo, pelo Twitter, ele disse ter se tratado de um "desavergonhado comício eleitoral".

"Nos reunimos aqui em Ouro Preto, terra dos Inconfidentes, para estar preparado para fazer o necessário do que viesse de lá. (...) O verde e amarelo nos pertence, isso vai passar", afirmou. "Nossa bandeira não pode ser apropriada por esses bandidos bolsonaristas. Nunca vi uma promiscuidade, uma falta de vergonha, uma falta de compostura, uma falta de honra tão extensas no centro do poder brasileiro", disse o pedista.

Horas antes, Ciro gravou vídeo falando sobre esperança, fé, e as "ameaças" sofridas pelo Brasil. "Merecíamos comemorar os 200 anos de Independência vivendo dias bem melhores", afirmou, pedindo a benção de Deus para que o país não tenha roubadas a paz e a liberdade.

"Viva o 7 de Setembro! E que Deus nos abençoe para que nada nem ninguém seja capaz de roubar a nossa paz e a nossa liberdade, neste dia ou em qualquer momento da nossa história. Vamos em frente, com a mais profunda esperança de que encontraremos, juntos, um novo caminho".

Mais cedo, também pelo Twitter, Ciro disse que houve outras "transgressões políticas, institucionais e morais seríssimas". "Bolsonaro transformou o 7 de Setembro dos 200 anos da independência no mais desavergonhado comício eleitoral já feito neste País", escreveu no Twitter.

Palanque

Após o desfile em comemoração da Independência do Brasil, em Brasília, Bolsonaro subiu em um trio elétrico de onde discursou aos seus apoiadores. Sem citar nomes, fez críticas ao Supremo Tribunal Federal e ao Congresso. "Vamos convencer quem pensa contrário", disse, prometendo colocar "dentro das quatro linhas" todos que ousarem ficar "fora delas".

Por fim, reforçou o discurso anticomunista para atingir seu principal oponente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e em defesa da pauta de costumes, contra aborto, legalização das drogas e a ideologia de gênero.

Em Copacabana, no Rio de Janeiro, último compromisso do dia da agenda do presidente, ele repetiu o discurso, e novamente se referindo ao PT, disse que o seu governo respeita a Constituição, já "o outro lado, não".

Estadão
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