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Ciro destaca atuação de Kátia Abreu contra impeachment ao oficializá-la como vice

Candidata a vice lamentou falta de aliança do PDT com outros partidos, mas disse que está confiante em vitória

6 ago 2018 - 13h11
(atualizado às 13h26)
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BRASÍLIA - O candidato do PDT à Presidência da República nas eleições 2018, Ciro Gomes, ressaltou a postura da senadora Kátia Abreu (PDT-TO) durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), ao anunciá-la oficialmente como sua vice de chapa, nesta segunda-feira, em Brasília, na sede do partido.

Segundo Ciro, Kátia enfrentou seu partido, na época o MDB, ao defender a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), sua amiga pessoal. "Ela nos deu exemplo de força compromisso com a democracia , quando paga preço por fidelidade, afronta seu partido, a quadrilha de corruptos que dominou a democracia e ajuda a defender o Brasil resistindo contra o avanço das forças do golpe", disse o candidato do PDT.

Ciro Gomes e Kátia Abreu formam chapa do PDT à Presidência da República
Ciro Gomes e Kátia Abreu formam chapa do PDT à Presidência da República
Foto: Divulgação/PDT / Estadão

O presidente nacional do partido, Carlos Lupi (SP), destacou o fato de Kátia ser mulher e representar o agronegócio, setor que, em suas palavras, "sustenta o Brasil". "Principalmente numa sociedade machista onde a mulher é discriminada, e ainda mais na política, uma mulher ser vitoriosa é fato raro", disse. Ele afirmou ainda que ter a certeza de que Kátia será uma vice atuante.

A senadora e ex-ministra da Agricultura no segundo governo Dilma ressaltou qualidades de Ciro Gomes e disse que não conhece nada que "manche sua honra". Ela lamentou a falta de aliança com outros partidos, mas disse que está confiante com a vitória do PDT, mesmo isolado. "Serei uma vice disciplinada, pronta para atuar, mas sob seu (Ciro Gomes) comando", disse.

Ao discursar, citando pontos do seu programa de governo, Ciro voltou a falar sobre limpar o nome de brasileiros que estão com o nome sujo para estimular o consumo das famílias, sobre necessidade de investimento industrial para estimular desenvolvimento do País e criticou a "falência das contas públicas".

Ciro ainda criticou conchavos e o que ele chamou de "soluções de gabinetes" nesta corrida eleitoral. "Parece que as estruturas tradicionais da política brasileira não aprenderam nada. É impressionante como a gente assiste soluções de gabinetes que acintosamente desrespeitam a mínima regra de palavra dada para ser cumprida, as estruturas estão querendo fazer o jogo dentro de gabinetes e dali jogando cartas, excluindo da opção da população candidaturas como Marilia Arraes (PT) e Márcio Lacerda (PSB)."

O PSB mineiro vive um impasse, após a direção nacional do partido ter feito acordo com o PT que implica na retirada da candidatura do ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda ao governo de Minas, para apoiar a reeleição de Fernando Pimentel(PT). Em troca, os petistas tiraram a candidatura de Marília Arraes (PT) ao governo de Pernambuco e apoiam a tentativa de reeleição do governador Paulo Câmara (PSB). No entanto, Lacerda se recusa a abandonar a disputa.

Ainda no discurso, Ciro criticou também as alianças formadas para as eleições gerais. "É curioso nesse momento que o primeiro candidato elegível nas pesquisas está sozinho, o segundo e o terceiro também", disse. "Você vai encontrar lá no fim as estruturas todas ao redor de uma confrontação que tem feito muito mal ao Brasil que é essa confrontação amesquinhada do PP com o PSDB."

Estadão
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