Ciro fala em 'reconciliar Brasil' e critica polarização política em sabatina: "Coisa ruim e coisa pior"
Candidato do PDT à Presidência da República criticou polarização dos votos entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL) durante sabatina
O candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) voltou a criticar a polarização dos votos entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL). Em sabatina no Jornal da Record na noite desta terça-feira, 27, o presidenciável afirmou que a disputa entre ambos seria "escolher entre o coisa ruim e o coisa pior" e que busca "reconciliar o Brasil".
O pedestista reclamou que o atual modelo econômico e de governança política do país é adotado desde a redemocratização e criticou gestões anteriores. Também afirmou que escândalos de corrupção ocorridos durante governos petistas resultaram na eleição de Bolsonaro.
"Em cima de uma crise que devastou o emprego, o crédito e o salário das pessoas, há notícia todo dia na televisão de muita roubalheira feita como elemento orgânico do modelo de poder do Lula e do PT, isto é que produziu o Bolsonaro", afirmou durante a entrevista.
Prometendo mudanças, Ciro Gomes afirmou que busca 'reconciliar o Brasil'. "Fazer acordo com esse tipo de gente é prorrogar essa crise. Se eu for eleito, terá acontecido uma revolução no Brasil, nosso povo terá se levantado contra o poderoso sistema".
Na sabatina, Ciro também afirmou que, caso eleito, pretende rever medidas do governo Bolsonaro, como a posse e porte de armas de fogo. "As autorizações vão ser todas revistas. Hoje, essa frouxidão [das regras] está fazendo com que armas pesadas estejam indo parar nas mãos de milícias e de facções que mandam e desmandam sob clima de terror nas periferias do Brasil".
Também citou que não pretende manter o atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, caso vença o páreo. “Ele será convidado a se demitir no primeiro dia do governo. E eu o demitirei se ele não se demitir”, afirmou o candidato.
Em fevereiro do ano passado, Bolsonaro sancionou a lei que estabeleceu autonomia ao Banco Central. Com isso, os mandatos do presidente e dos diretores da instituição passaram a ter vigência não coincidente com o do presidente da República. Campos Neto tem mandato vigente até 2024.