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Confusão marca voto de Dilma em Porto Alegre

2 out 2016 - 16h21
(atualizado às 17h17)
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A presença da ex-presidente Dilma Rousseff numa zona eleitoral para votar, hoje em Porto Alegre, foi marcada por tumulto entre os apoiadores dela, profissionais da imprensa e policiais da Brigada Militar (BM). A confusão começou quando soldados impediram a multidão de acompanhar a petista.

O acompanhamento da ex-presidente por profissionais da imprensa havia sido proibid

o pelo juiz Niwton Carpes da Silva, titular da 160ª Zona Eleitoral. Ele alegou que Dilma "é uma cidadã comum" e "não deve ter o voto registrado".

Desde o final da manhã, no entanto, apoiadores da ex-presidenta e repórteres de vários veículos de imprensa estavam aglomerados na calçada em frente à Escola Estadual Santos Dumont, na zona sul da capital gaúcha, onde Dilma vota. Minutos antes da chegada dela, dois agentes da BM fecharam parcialmente os portões da escola e passaram a controlar o acesso ao local.

Dilma chegou às 13h30 à escola, acompanhada do ex-ministro Miguel Rossetto e do candidato do PT à prefeitura de Porto Alegre, Raul Pont. Ela foi cercada pelos militantes e jornalistas. A multidão conseguiu passar pelo portão de acesso ao pátio e a acompanhou até a entrada da escola.

O acompanhamento da ex-presidente por profissionais da imprensa havia sido proibido pelo juiz Niwton Carpes da Silva, titular da 160ª Zona Eleitoral. Ele alegou que Dilma "é uma cidadã comum" e "não deve ter o voto registrado".
O acompanhamento da ex-presidente por profissionais da imprensa havia sido proibido pelo juiz Niwton Carpes da Silva, titular da 160ª Zona Eleitoral. Ele alegou que Dilma "é uma cidadã comum" e "não deve ter o voto registrado".
Foto: Vinicius Costa/FuturaPress

Na porta, os homens da Brigada Militar impediram a entrada dos apoiadores de Dilma e dos repórteres que, então, passaram a discutir com os policiais. Em poucos minutos, os dois lados trocaram agressões, chegando a quebrar um vidro da porta da escola. A candidata a vice-prefeita de Pont, Silvana Conti, do PCdoB, sofreu lesões na perna. Ela saiu do local afirmando que havia sido agredida pelos militares e que faria registro de ocorrência.

O ex-ministro Miguel Rossetto, que também foi impedido de entrar, afirmou que o partido vai entrar com uma representação na Justiça Eleitoral por tentativa de censura.

Com o tumulto na entrada principal do prédio, Dilma saiu do local por uma porta alternativa, longe dos repórteres e dos apoiadores. Apesar da confusão, não houve prisões. O acesso ao local foi liberado pelos policiais assim que a ex-presidente deixou a escola.

Agência Brasil Agência Brasil
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