Contra 'retrocesso maior', MTST defende voto em Dilma
O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) publicou nota, na manhã desta segunda-feira, em que declarou voto a Dilma Rousseff (PT) no segundo turno das eleições presidenciais.
"Neste momento há riscos reais de retorno do PSDB ao Governo Federal. O projeto da direita avançou a passos largos nas eleições parlamentares e no primeiro turno. Sabemos o que o PSDB representa. Política neoliberal pura, arrocho salarial, ataque aos direitos dos trabalhadores e corte de investimentos sociais. Além disso, avanço da criminalização das lutas populares. Aécio Neves é retrocesso. Sua vitória representaria o avanço do conservadorismo e do setor mais antipopular e ofensivo da elite", diz o início do comunicado.
Em seguida, o grupo critica o governo do PT, que "teve doze anos e não realizou reformas populares no Brasil", como reforma urbana e agrária, reforma tributária, reforma do sistema financeiro e democratização das comunicações. Mesmo assim, afirma que o considera a melhor alternativa.
"Se a vitória do PT não significa uma vitória dos trabalhadores, a vitória de Aécio Neves significa uma derrota dura para os trabalhadores e as lutas populares. Por isso, a posição do MTST neste segundo turno é - sem deixar de demarcar nossas críticas - defender voto em Dilma, contra um retrocesso ainda maior", finaliza.
Confira a íntegra da nota, que é assinada pela coordenação nacional do MTST
As eleições presidenciais chegaram ao segundo turno com Dilma (PT) e Aécio Neves (PSDB).
Neste momento há riscos reais de retorno do PSDB ao Governo Federal. O projeto da direita avançou a passos largos nas eleições parlamentares e no primeiro turno.
Sabemos o que o PSDB representa. Política neoliberal pura, arrocho salarial, ataque aos direitos dos trabalhadores e corte de investimentos sociais. Além disso, avanço da criminalização das lutas populares. Aécio Neves é retrocesso. Sua vitória representaria o avanço do conservadorismo e do setor mais antipopular e ofensivo da elite.
Já o PT teve doze anos e não realizou as reformas populares no Brasil. Não houve reforma urbana e agrária, reforma tributária progressiva, reforma do sistema financeiro, democratização das comunicações, nem medidas de enfrentamento à estrutura conservadora do Estado brasileiro. O sistema político e a o aparato militarizado de segurança continuaram intocados.
O resultado foi, com o esgotamento de seu projeto econômico e a repetição das velhas práticas, o fortalecimento do conservadorismo e da despolitização. Este é o cenário que estamos vivendo.
Assim, se a vitória do PT não significa uma vitória dos trabalhadores, a vitória de Aécio Neves significa uma derrota dura para os trabalhadores e as lutas populares.
Por isso, a posição do MTST neste segundo turno é - sem deixar de demarcar nossas críticas - defender voto em Dilma, contra um retrocesso ainda maior.
De nossa parte sabemos que, qualquer dos dois que seja eleito, só obteremos nossas conquistas com mobilização. Em qualquer dos casos, o MTST estará nas ruas por avanços populares.