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Cotada para vice de Bolsonaro, Tereza Cristina troca União Brasil por Progressistas

Filiação está prevista para ocorrer até o fim deste mês, quando termina a janela partidária; ministra da Agricultura deve se afastar do cargo em abril para ser candidata à Vice-Presidência ou tentar uma vaga no Senado

3 mar 2022 - 11h40
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BRASÍLIA - A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, vai se filiar ao Progressistas no fim deste mês. De acordo com o presidente interino da legenda, o deputado Cláudio Cajado (BA), a entrada na sigla vai ocorrer durante cerimônia no Mato Grosso do Sul marcada para o dia 20 ou 21 de março.

Nas eleições de 2022, Tereza tem dito que quer concorrer a uma vaga ao Senado pelo Estado, mas também é lembrada como uma das principais opções de candidata a vice-presidente na tentativa de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Quando perguntada sobre a possibilidade de concorrer na chapa de Bolsonaro, a ministra costuma desconversar e dizer que não existe um convite.

"Como eu posso ser candidata a vice? Não existe candidatura à vice, existe convite. Isso o presidente Bolsonaro vai fazer na hora que ele entender e à pessoa que ele achar. Nunca conversei, já cansei de dizer isso", declarou em entrevista à CNN nesta quarta-feira, 2.

Cláudio Cajado repetiu o mesmo discurso da ministra e disse que, como não há convite para ser vice, o partido trabalha apenas com a ideia de ela ser candidata a senadora.

"O desejo dela é ser candidata a senadora. O partido não tem nenhuma conversa de poder encaminhar o candidato a vice, não recebemos o convite oficial. Estamos cuidando da nossa agremiação independente de conjuntura futura", afirmou ao Estadão.

O presidente interino do Progressistas também declarou que a legenda planeja uma série de eventos de filiações nos Estados e citou Paraná, Espírito Santo e Tocantins: "Vamos manter a nossa estratégia de filiar novos deputados, estar nos Estados filiando bons candidatos, que não tem mandato ainda, mas que possam robustecer a legenda".

Ao decidir entrar no Progressistas, a chefe da pasta da Agricultura sai do União Brasil. Atualmente, ela está licenciada do cargo de deputada, mas, pelas regras eleitorais, vai ter de sair do ministério e voltar ao mandato a partir de abril para poder concorrer no pleito deste ano. Tereza foi eleita deputada em 2018 pelo DEM, partido que se fundiu com o PSL e formou o União.

O Progressistas é um dos maiores partidos do Centrão e tem como principal líder o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, presidente licenciado da legenda. A sigla também abriga o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PR), e o presidente da Casa, Arthur Lira (AL).

Estadão
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