Covas acusa imprensa de perseguir seu vice, Ricardo Nunes
Candidato disse que a imprensa 'quer acabar com a vida' de Nunes e que é um 'esporte nacional acabar com o currículo das pessoas sem prova'
O prefeito e candidato a reeleição, Bruno Covas (PSDB), disse nesta terça-feira, 24, que a imprensa "quer acabar com a vida" do seu candidato a vice, o vereador Ricardo Nunes (MDB). Em tom exaltado, Covas sugeriu, em sabatina na rádio CBN, que Nunes é alvo dos jornalistas "por ser da zona sul, da periferia da cidade".
O candidato defendeu seu vice da acusação registrada em boletim de ocorrência há dez anos no qual a mulher de Nunes acusou o marido de ameaça e injúria. "É impressionante como vocês (imprensa) são pautados pela pauta do PSOL. Querem acabar com a vida do meu vice", afirmou Covas.
O candidato destacou que o boletim não fala em agressão física, mas foi repreendido pela apresentadora Fabíola Cidral. "Agressão verbal também é agressão", disse ela. Em seguida, o candidato do PSDB afirmou que é um "esporte nacional acabar com o currículo das pessoas sem nenhuma prova". Nunes foi indicado na chapa pelo MDB, legenda que agregou o maior tempo de TV entre os 10 partidos da coligação.
Na entrevista, Covas admitiu que preferia ter uma mulher como companheira de chapa, mas Nunes representou o desejo dos partidos da sua coalizão.
De acordo com reportagem do jornal Folha de S.Paulo, Regina Carnovale, mulher de Nunes, registrou um boletim de ocorrência em 18 de fevereiro de 2011 acusando o marido de violência doméstica, ameaça e injúria. O vice de Covas também chegou a registrar queixa contra a esposa por lesão corporal menos de um mês depois. Eles continuam casados até hoje.
Depois da entrevista na CBN, Covas e o vice, Ricardo Nunes fizeram uma rápida caminhada juntos no bairro Valo Velho, no extremo sul da capital.
Mais uma vez o prefeito saiu em defesa do companheiro de chapa. "É descabido associar ele à uma pessoa agressiva. Em relação ao episódio que aconteceu entre ele e a esposa há 10 anos, ela mesmo refutou e disse que não teve agressão".