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Covas quer transição até para secretário que mantiver cargo

Ideia é seguir lei aprovada pelo ex-prefeito José Serra, que prevê que auxiliares façam inventário das pastas

1 dez 2020 - 05h11
(atualizado às 07h32)
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Reeleito anteontem com uma coligação de 11 partidos, o prefeito Bruno Covas (PSDB) ainda deve começar a discutir a divisão do secretariado para acomodar todos os aliados. Segundo interlocutores, a ideia é que mesmo auxiliares que mantiverem os cargos atuais participem uma espécie de transição. Para isso, terão que apresentar um inventário de suas pastas e um levantamento de informações.

Bruno Covas vai comandar a maior cidade do País por mais quatro anos
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Foto: Roberto Sungi / Futura Press

O tucano planeja seguir os protocolos de uma lei municipal apresentada pelo vereador Sebastião Faria (PSDB) e aprovada na gestão de José Serra (PSDB) na prefeitura e que trata da "transição democrática de governo". O entorno do prefeito afirma que o grupo que o apoio na eleição é praticamente o mesmo que já compunha a base a base do governo. É esperada uma mudança, no entanto, no peso que cada partido deve ter na formação do secretariado a partir de 1.º de janeiro.

O Movimento Covas Prefeito, que foi liderado pela ex-prefeita Marta Suplicy (que deixou o Solidariedade antes do início da campanha), deve ocupar algum espaço, embora ainda não se fale em nomes. Já o Republicanos, que comandava a secretaria de Habitação até lançar Celso Russomanno como candidato, vai voltar para a administração, mas deve perder relevância. A sigla apoiou Covas no 2° turno.

Nas primeiras conversas com sua equipe depois da votação, Covas ainda não falou sobre as eventuais mudanças, mas a expectativa é que ele comece nos próximos dias as primeiras conversas sobre uma reforma do secretariado e mudanças nas 32 subprefeituras.

Câmara

A participação de siglas da base na Câmara Municipal mudou nesta eleição. O MDB do vice, Ricardo Nunes, cresceu de 2 para 3 vereadores, o DEM manteve 6 vereadores, o Progressistas não tinha nenhuma vaga na Câmara e agora elegeu um vereador. O Cidadania perdeu as duas cadeiras que tinha. O PSD, que lançou Andrea Matarazzo, mas apoiou Covas no 2° turno, tinha 4 vereadores e ficou com 3. O PSDB tinha 12 e agora fez 8.

A coligação Todos por São Paulo, de Covas, foi formada por PP, MDB, Podemos, PSC, PL, Cidadania, DEM, PTC, PV, PSDB, PROS. No 2° turno o arco de apoio aumentou: Republicanos, PTB, PSL, Solidariedade e Novo declararam apoio ao tucano contra Guilherme Boulos (PSOL). Durante as articulações da aliança. Covas não se comprometeu com a entrega cargos específicos aos aliados, segundo interlocutores.

Em conversas com auxiliares no ano passado, Covas chegou a revelar o desejo de promover mudanças estruturais no secretariado, como fusão ou até corte de pastas. Mas o tema não foi tratado na campanha. No seu discurso da vitória, Covas fez questão de fazer uma homenagem a Nunes, embora não tenha dado pistas de qual será o papel do vice. Quando questionado sobre o assunto, respondeu apenas que o vice vai fazer "clínica geral e cuidar de tudo um pouco".

Estadão
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