‘Dá licença, dá licença’, pede Ricardo Nunes para Boulos, que responde: 'Fique à vontade'
Candidatos tinham livre circulação e se provocaram durante debate da Globo, realizado nesta sexta-feira, 25
Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) se provocaram durante o debate desta sexta-feira, 25, realizado pela TV Globo -- o último antes do segundo turno das eleições municipais de São Paulo. Enquanto os dois se “rondavam” para comentar os temas abordados do quarto bloco, houve um pequeno atrito sobre espaço e o prefeito de São Paulo se mostrou incomodado com a proximidade do adversário.
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Os candidatos debatiam sobre moradia quando Nunes citou um programa de reformas de casa chamado “Pode Entrar” e questionou o que Boulos achava do modelo. Em resposta, o psolista disse que a iniciativa não foi criada por ele, mas pelo antecessor de Nunes, o ex-prefeito Bruno Covas (PSDB), e que não tinha problemas em “reconhecer quando um adversário acerta”.
“O Bruno foi meu adversário nas eleições passadas e acertou no ‘Pode Entrar’, mas os números que você traz não são reais. [...] Aliás, é impressionante! Você de fato tem uma coisa com mentira, mal explicada”, acusou Boulos, enquanto seguia o prefeito pelo estúdio.
Nunes, então, provocou: “Fica invadindo o meu espaço. É grande [o palco]”. Boulos criticou o comentário, afirmando que ele fica de “piadinha” e que aquilo não era brincadeira e, então, voltou a se aproximar do adversário. “Eu sei que você fica meio apavorado, um pouco com medo, assustado, de discutir questões olho no olho. Você tem medo de debate, fugiu de vários. Eu debato olho no olho, com as pessoas, com o povo na rua e não tenho esse problema”, disse o psolista.
Jogando a pergunta para Nunes, Boulos questionou sobre o crescimento da população de rua, permanecendo à frente do prefeito. O candidato à reeleição, então, pede licença para apontar no mapa, mas o adversário permanece no lugar. Na segunda vez em que Nunes faz o pedido, o psolista ironizou: “Fique à vontade”.
Pouco depois, o candidato do PSOL voltou a ironizar o prefeito e disse que ele está nervoso. "Não sei se é pela proximidade ou insegurança", disse. Nunes rebateu: "É só ataque".