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Datafolha: 93% dos eleitores desaprovam serviços de saúde

19 ago 2014 - 21h24
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Os serviços públicos e privados de saúde no Brasil são péssimos, ruins ou regulares para 93% dos eleitores brasileiros, apontou pesquisa do Datafolha que foi divulgada em coletiva nesta terça-feira (19), em Brasília. A sensação também é de insatisfação em relação ao Sistema Único de Saúde (SUS), segundo 87% da população.

“Trata-se de um censo que confirma o que os médicos já vêm denunciando há muito tempo: a saúde não é uma prioridade de governo. O grau de insatisfação é emblemático e aponta o desejo da população por mudanças profundas na condução dos rumos do país. Essa pesquisa deve gerar a reflexão na sociedade sobre os caminhos a se tomar”, afirmou o presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto Luiz d’Ávila.

A pesquisa foi realizada pelo Instituto Datafolha a pedido do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Paulista de Medicina (APM).

Esclarecimento do Ministério da Saúde

Logo após a divulgação da pesquisa, o Ministério da Saúde divulgou uma nota de esclarecimento em que apontou avanços no sistema de saúde, como “acesso superior a 84% na maioria dos tipos de serviços avaliados”.

Ainda segundo a nota, “das pessoas que procuram os postos de saúde, 91,3% conseguiram atendimento, o que demonstra os bons resultados de estratégias como o Mais Médicos. Dos que utilizaram o SUS, 74% avaliam a qualidade do atendimento com notas superior a 5, sendo que um terço dos entrevistados deram notas entre 8 e 10. Lamentamos a interpretação tendenciosa e parcial dos dados e o esforço do CFM na tentativa de desconstrução do SUS.”

Metodologia da pesquisa

De acordo com a pesquisa, a saúde no Brasil é apontada como a área de maior importância para 87% brasileiros e é também indicada por 57% como tema que deveria ser tratado como prioridade pelo Governo Federal.

O Datafolha afirmou que a abrangência do estudo foi nacional, incluindo regiões metropolitanas e cidades do interior de diferentes portes, e moradores nas cinco regiões do País. Foram ouvidas 2.418 pessoas - 60% delas residentes no interior -, homens e mulheres com idade superior a 16 anos, entre 3 e 10 de junho.

Outras áreas como educação (18%) e combate à corrupção (8%) também aparecem com alto nível de prioridade para a população. Entre os outros temas citados pelos entrevistados constam segurança (7%), combate ao desemprego (4%) e moradia (3%). Temas como combate à inflação, meio ambiente e transporte despontam com menor grau de prioridade, com menos de 1%.

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Fonte: Terra
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